Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2020
Artista mais ouvida do ano, ela foi impulsionada por adaptação do sertanejo a momento difícil do mercado
Foto: Reprodução/InstagramEm 2020, só deu ela. Marília Mendonça parece ter dito tudo o que os brasileiros quiseram ouvir no isolamento causado pelo coronavírus. Resultado: a rainha da sofrência também reinou absoluta nas paradas musicais de 2020.
Marília lidera as listas de artistas mais ouvidos de 2020 no Spotify e no Deezer, duas das principais plataformas de streaming do país.
Ela também tem o clipe mais visto do ano pelos brasileiros no YouTube e a live mais assistida do mundo na plataforma, à frente de nomes como o fenômeno sul-coreano BTS e do tenor italiano Andrea Bocelli. Mas o que explica todo esse sucesso, num ano tão difícil para os artistas?
“Sofrência” na quarentena
Além da qualidade musical de Marília – uma máquina de hits, desde antes de se lançar como cantora, em 2014 – , outros fatores podem ajudar a explicar esse fenômeno.
O primeiro deles: a adaptação do sertanejo a um ano que desafiou a indústria musical. O gênero sobressaiu nos rankings do Spotify, Deezer e YouTube, cedendo espaço a alguns poucos nomes do forró e do pop.
Em um ano nada festivo, o funk, gênero que chegou a disputar com o sertanejo o topo das paradas em anos anteriores, perdeu lugares em algumas dessas listas. Na lista de artistas mais ouvidos do Spotify, por exemplo, não há nenhum funkeiro.
Nas lives, astros do sertanejo foram responsáveis por dar o ar de superprodução que o formato ganhou no Brasil. Os shows on-line do isolamento começaram com apresentações caseiras de popstars globais, como Chris Martin, John Legend e Elton John.
Alguns artistas brasileiros foram criticados por reunirem um número considerado alto de músicos e técnicos em suas lives, em meio à pandemia. Mesmo assim, a sofisticação ajudou a alavancar a audiência das transmissões do sertanejo.