Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2015
É perigoso o jogo de guerra praticado pelos esquadrões caçadores da Colômbia e da Venezuela sobre a linha da fronteira. Voando acima de 1.000 quilômetros por hora, levando mísseis e canhões pesados, caças russos Sukhoi-30 e israelenses Kfir-C10 patrulham o espaço aéreo prontos para o início de uma escalada militar que pode estar à distância de um dedo nervoso no botão de fogo. A queda de um Su-30 venezuelano na noite de quinta-feira foi prudentemente atribuída a um acidente. Fora lançado a partir de uma base avançada, para interceptar uma aeronave colombiana de observação. O comando, em Bogotá, negou.
Tem sido assim desde 13 de agosto, quando vários municípios do Estado venezuelano de Táchira foram enquadrados no estado de exceção, uma variante local para a situação de conflito. Na medida em que crescia o número de regiões e de cidades envolvidas, aumentava a ação das forças aéreas de ambos os países.
O risco é grande. Há uma semana foram registradas duas violações. Aviões venezuelanos sobrevoaram trechos do território colombiano, no Alto Guajira. A denúncia, feita pelo general Carlo Eduardo Bueno Vargas, comandante da aviação da Colômbia, recebeu contestação e explicação do ministro da Defesa da Venezuela, Padrino López. “É fato que realizamos ação de reconhecimento de toda a fronteira com nossas aeronaves, mas não foi violada a soberania.” (AE)