Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Carolina Rodrigues | 12 de dezembro de 2020
Para 46% das empresas do setor, a tendência é de piora nos negócios na comparação com o mesmo período de 2019
Foto: Ricardo Giusti/PMPAAs micro e pequenas indústrias estão pessimistas com o final deste ano. Para 46% das empresas do setor, a tendência é de piora nos negócios na comparação com o mesmo período de 2019.
Os dados integram a nova pesquisa do Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo), realizada em parceria com o Datafolha. Em relação ao levantamento anterior, houve um aumento do pessimismo. Na pesquisa realizada 15 dias antes da atual, 41% das companhias projetavam uma piora dos negócios em relação a 2019.
A pesquisa também apontou uma queda no otimismo nesse período. Passou de 24% para 21%. O Simpi ainda revelou que 76% das companhias tiveram algum fornecedor ou cliente que faliu ou entrou em recuperação judicial. Esse número tem crescido semanalmente. Em junho, eram 42%.
Os empresários do setor ainda reclamam de falta de crédito e do aumento do custo da matéria-prima e dos insumos. De acordo com a pesquisa: 78% das empresas afirmaram que têm acesso a crédito, e apenas 13% estão com capital de giro novo. 91% das companhias sentiram aumento de preço de matérias-primas, enquanto 77% reportaram falta de insumo nos fornecedores.
Apesar do pessimismo dos micro e pequenos empresários, os dados da produção industrial apurados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o setor já se recuperou das perdas provocadas pela crise do coronavírus. Em outubro, a produção industrial brasileira cresceu 1,1% na comparação com setembro, com o setor cravando a sexta alta seguida.