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Rio Grande do Sul O que é preciso saber sobre as primeiras bandeiras pretas no Distanciamento Controlado em duas regiões gaúchas

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Regiões de Bagé e de Pelotas foram classificadas como de risco altíssimo. (Foto: Governo do Estado do Rio Grande do Sul)

Em vigor desde maio, o modelo de Distanciamento Controlado implantado pelo governo do RS funciona com as bandeiras nas cores amarela, laranja, vermelha e preta, que sinalizam semanalmente o risco das regiões do Estado: baixo (amarela), médio (laranja), alto (vermelha) e altíssimo (preta).

Na sexta-feira (11), as regiões de Bagé e de Pelotas, ambas na macrorregião Sul, foram classificadas como de risco altíssimo para o coronavírus no mapa preliminar da 32ª rodada, trazendo pela primeira vez a cor preta ao Estado.

Na prática, as regiões assim definidas estão com capacidade hospitalar crítica e grande número de casos e internações em leitos de UTI pela doença. A bandeira preta demanda cuidados ainda mais extremos – maiores do que os já adotados na bandeira vermelha (risco alto) e nas demais, de menor gravidade.

A bandeira preta, no entanto, não estabelece um lockdown. Implantado em outros países e em alguns Estados brasileiros, o lockdown é uma medida extremamente rigorosa, no qual as pessoas precisam de autorização para sair de casa e só podem fazê-lo para tarefas muito necessárias.

A intenção da bandeira preta do modelo de Distanciamento Controlado é instituir o alerta máximo e reforçar a necessidade de cumprimento dos protocolos e das regras sanitárias.

Hospitais

O governo do Estado pagou os incentivos hospitalares no valor de R$ 70 milhões para mais de 200 hospitais filantrópicos, públicos e próprios do Estado.

O valor é proveniente do Tesouro do Estado, e garante a oferta de serviços por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) como porta de entrada para urgência e emergência, plantões presenciais em especialidades prioritárias, atendimento a gestantes de alto risco e rede de atenção ao parto, saúde mental, entre outros. Com o pagamento, o governo mantém a regularidade dos repasses na área da Saúde, uma das prioridades desde o início da gestão atual.

Ipe

A pandemia de Covid-19 atinge seu patamar mais grave no Estado e conduz a rede hospitalar ao seu limite. O IPE Saúde empenha-se em assegurar assistência à saúde aos seus usuários, porém não tem ingerência sobre a capacidade de atendimento dos hospitais, que enfrentam, neste momento, utilização máxima.

Diante disso, o Sistema IPE Saúde alerta para a máxima importância dos cuidados preventivos: usar máscara, manter o isolamento social e utilizar álcool gel com frequência na higienização das mãos. A indisponibilidade de leitos na rede hospitalar, independentemente dos esforços institucionais, pode levar os usuários a ficar sem atendimento.

Houve aumento em quase todos os indicadores monitorados pela equipe do Distanciamento Controlado. Foi registrada elevação, nos últimos sete dias, de 14% nas hospitalizações por Covid-19 (de 1.174 para 1.338 casos), que alcançou o maior número desde o início do monitoramento.

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