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Mundo Oposição diz que mais de 6 milhões de venezuelanos participaram de consulta popular em rejeição às eleições parlamentares

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Mobilização organizada por Guaidó faz parte da estratégia de deslegitimar pleito do último domingo, quando o partido de Maduro retomou o controle do Congresso

Foto: Reprodução
Mobilização organizada por Guaidó faz parte da estratégia de deslegitimar pleito do último domingo, quando o partido de Maduro retomou o controle do Congresso. (Foto: Reprodução)

A oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, afirmou que quase 6,5 milhões de cidadãos participaram de uma consulta popular neste sábado (12) para rechaçar as eleições parlamentares realizadas no país no domingo passado (06).

A consulta começou na segunda-feira (07) de forma virtual e se encerrou presencialmente neste sábado. Segundo os organizadores, 3,2 milhões de eleitores foram às urnas na Venezuela e 844 mil no exterior. Além disso, 2,4 milhões participaram antecipadamente pela internet. O objetivo dos organizadores era mostrar a rejeição dos venezuelanos ao presidente Nicolás Maduro.

Na consulta popular, os venezuelanos responderam se apoiam mecanismos de pressão nacional e internacional a favor de eleições presidenciais e parlamentares livres e se rejeitam o pleito do último domingo, quando o partido de Maduro retomou o controle do Congresso e conquistou 255 das 277 cadeiras em um pleito boicotado pela oposição. De acordo com o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), aproximadamente 5,2 milhões de eleitores votaram nas eleições legislativas, 31% do total apto a votar na Venezuela.

Oposição enfraquecida

Com menos popularidade do que quando se autoproclamou presidente da Venezuela, em janeiro de 2019, Guaidó – reconhecido como presidente interino por 50 países, entre eles o Brasil – foi o principal idealizador da consulta popular.

“Hoje #12Dez estamos na rua, no espaço onde nos tornamos maioria. Vamos mostrar unidos e mobilizados que não vamos desistir até vermos a liberdade renascer em nosso país. Participe do #HoyTodosEnLaConsultaPopular!”, escreveu em sua página em uma rede social.

Não é a primeira vez que a oposição convoca um processo de consulta. Uma iniciativa semelhante ocorreu em julho de 2017, em rejeição à Assembleia Constituinte convocada por Maduro, após meses de protestos que deixaram 125 mortos.

Apesar da rejeição que a oposição capitalizou no plebiscito simbólico, o órgão 100% chavista foi instalado em agosto do mesmo ano, assumindo funções legislativas na prática.

Em seguida, a oposição disse ter reunido 7,6 milhões de votos em repúdio ao órgão, que deixa de funcionar neste ano para dar lugar a uma nova Assembleia Nacional em 5 de janeiro.

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