Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2020
Neymar deveria estar entre os três melhores do mundo. Pelo que fez na temporada, nesta e na passada, com alguns jogos pela seleção também, ele foi mais decisivo do que Messi, por exemplo, que vem de uma edição comum, sem brilho e bastante ‘emburrado’ em campo. Messi faz partidas burocráticas, longe de ser aquele Messi que todos conhecem do Barcelona, onde nem quer ficar mais. Joga para não ser cobrado. Cumpre tabela. É claro que continua sendo Messi, mas não deveria estar entre os três indicados para o prêmio deste ano, com Cristiano Ronaldo e Robert Lewandowski, que para mim leva por ter ajudado o Bayern de Munique a ser campeão da Liga dos Campeões.
Neymar deveria estar no lugar de Messi. Penso que o próprio brasileiro achava que deveria ser indicado. Não foi. Há muita resistência ao seu nome, mais pelo seu comportamento do que pelo futebol. Neymar amadureceu um pouco (estou aqui batendo na madeira) e não tem sido mais aquele menino sem comando. Terá de reconquistar todos. Futebol conta, mas ele está descobrindo que não é só futebol que conta. Caráter e personalidade caminham juntos. E têm peso. Nesse quesito, o brasileiro está longe de ser referência. Melhorou, mas ainda há muito a se fazer para mudar sua imagem. Claro, se ele quiser mudar. Nunca quis e sempre foi feliz igual. Futebol por futebol, fico nesta temporada com o dele, mais até do que de Cristiano Ronaldo. A opinião é do colunista Robson Morelli, do Estadão.
Em seu Twitter, o atacante do Paris Saint-Germain disparou ironias pouco depois dos nomes revelados – Robert Lewandowski (Bayern de Munique), Lionel Messi (Barcelona) e Cristiano Ronaldo (Juventus).
Ele aproveitou o gancho de outra cutucada – quando não entrou no time ideal da última temporada feito pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) – para manter o tom da provocação. Apesar da concorrência de CR7 e Messi, Lewandowski aparece como favorito ao prêmio após conquistar a tríplice coroa pelo Bayern – Bundesliga, Copa da Alemanha e Champions League.
PSG
Em entrevista coletiva, o técnico alemão Thomas Tuchel explicou a razão de não dar a Neymar a função de capitão no PSG. Depois da saída do zagueiro Thiago Silva para o Chelsea nesta temporada, a braçadeira ficou para Marquinhos, com Kimpembe, Mbappé, Navas e Verratti como substitutos na função.
“Falo muito com ele, estou sempre perto dele, conversamos muito. É importante para mim que ele seja livre para dizer o que pensa. Falamos muito taticamente e pessoalmente. Ele não está entre os cinco capitães porque não quero que ele tenha muitas coisas na cabeça, que se distraia com as coisas. Ele assume suas responsabilidades na área, ele é um artista, ele é criativo e não quero que ele pense muito nas coisas relacionadas à organização”, disse Tuchel.