Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2020
Previsão está acima da meta central, mas dentro no intervalo de tolerância existente, de 2,5% a 5,5%
Foto: Marcos Santos/USP ImagensOs economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para 2020 pela décima oitava semana seguida, que passou de 4,21% para 4,35%. A expectativa faz parte do boletim de mercado conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo BC (Banco Central).
Com a alta, a expectativa do mercado para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, segue acima da meta central de inflação de 4% para 2020. Entretanto, ainda está dentro do intervalo de tolerância existente. Pela regra, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% neste ano sem que a meta seja formalmente descumprida.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
No decorrer do ano, com a pandemia do novo coronavírus e a recessão na economia brasileira, o mercado baixou a estimativa de inflação. Nos últimos meses, porém, com a alta do dólar e com a retomada da economia, os preços voltaram a subir.
Em outubro, a inflação oficial do País subiu para 0,86%, a maior desde 2002 e, em novembro, avançou para 0,89% – o maior resultado para esse mês desde 2015. Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3,34% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Retração da economia
Sobre o comportamento da economia brasileira em 2020, os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de tombo do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,40% para 4,41% na semana passada.
Na última semana, o mercado manteve em 3,50% a sua estimativa média de expansão do PIB para 2021. A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado uma retomada da economia brasileira.
Taxa básica de juros
Após a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano em dezembro, na última reunião deste ano, o mercado segue prevendo alta na taxa Selic no ano que vem. A expectativa dos economistas é de que a taxa suba para 3% ao ano até o fim de 2021.