Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2020
O governo federal publicou no Diário Oficial da União um edital para “possível e futura aquisição de seringas e agulhas diversas”. O documento aponta a compra de 331 milhões de kits. O edital ocorrerá pelo sistema de registro de preços e o critério de escolha será o menor valor apresentado pelos fornecedores. O objeto descrito no edital traz kits que contêm seringas e quatro tipos de agulhas.
A estimativa do Ministério da Saúde é que as primeiras unidades sejam entregues a partir de 30 dias da assinatura do contrato, e que as últimas sejam entregues cinco meses depois. A lentidão na compra dos insumos necessários para se fazer a vacinação da covid-19 tem sido criticada por especialistas e virou um ponto de pressão também da indústria nacional que produz seringas.
Segundo fabricantes, é preciso encomendar com antecedência compras volumosas como as esperadas para se fazer a imunização em larga escala de forma que os produtores tenham condições de entregar.
Novo plano de imunização
O governo federal lançou nesta quarta-feira (16) uma nova versão do plano nacional de imunização contra a covid-19. A data para começo da vacinação não foi informada, mas o governo diz já negociar cerca de 350 milhões de doses para 2021, suficiente para imunizar 175 milhões de brasileiros. No novo plano o governo afirma ter incluído a compra da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantã, ligado ao governo de João Doria, adversário político do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o governo firmado houve um memorando de entendimento para a compra da CoronaVac. Na versão anterior do plano já constavam as vacinas de Oxford/AstraZeneca (210 milhões), Covax Facility (42,5 milhões) e Pfizer (70 milhões).
O Ministério da Saúde também adicionou 38 milhões de doses do imunizante da farmacêutica Janssen, que também está sendo testado no Brasil. Conforme o governo federal, 3 milhões de doses dessa vacina seriam disponibilizadas no segundo trimestre de 2021, 8 milhões, no terceiro trimestre, e 27 milhões, no quarto trimestre do ano que vem.
Também haveriam negociações com as farmacêuticas Bharat Biotech (Índia), Moderna (EUA) e Gamaleya (Rússia).
O Butantan teria adiado para o dia 23 o envio para a Anvisa )Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do resultado dos testes da vacina no Brasil, com vistas ao registro definitivo do imunizante. A previsão anterior era de que os documentos fossem enviados na última terça-feira (15), visando a autorização para uso emergencial.
Embora sem definir datas oficialmente, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou mais uma vez que a vacinação deve ser iniciada no País em “meados de fevereiro”. Nesta lógica, dois laboratórios nacionais participantes do desenvolvimento de vacinas, Fiocruz e o Instituto Butantã, precisariam apresentar ainda neste mês os dados finais de pesquisa dos imunizantes e solicitar o registro do produto na Anvisa.