Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2020
Expectativa anterior, divulgada em setembro, era de uma queda maior do PIB, de 5%
Foto: ReproduçãoO BC (Banco Central) revisou sua estimativa para o tombo da economia brasileira em 2020 e passou a prever uma queda de 4,4% no PIB (Produto Interno Bruto). A previsão está no relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira (17).
A expectativa anterior da instituição foi divulgada em setembro e era de uma queda maior do nível de atividade neste ano, da ordem de 5%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no País, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
O BC avaliou que a recuperação econômica mundial continua dependente da evolução da Covid-19 e que a “ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo, após a recuperação parcial ocorrida ao longo do terceiro trimestre”.
“No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo”, acrescentou o BC. O BC ponderou que a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia “permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”.
Previsões para 2021
O Banco Central também baixou sua expectativa de crescimento da economia brasileira no que vem, de 3,9% para 3,8%. A instituição informou que essa estimativa está condicionada ao “arrefecimento gradual da crise sanitária”, à manutenção do ajuste nas contas públicas e à continuidade das reformas.
As revisões para o PIB foram feitas em meio à pandemia do coronavírus, que interrompeu, temporariamente, a atividade econômica e gerou recessão no País. Nos últimos meses, porém, indicadores mostram uma retomada da produção e das vendas, e os números oficiais confirmaram a saída do cenário recessivo.