Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2020
Netanyahu afirmou que quis ser imunizado para "dar o exemplo".
Foto: Reprodução/TwitterO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu no sábado (19) a vacina contra a Covid-19, marcando o início da campanha de vacinação no país. Ele se tornou o primeiro chefe de Estado a ser vacinado contra o coronavírus, afirmando que fez isso para “dar o exemplo”. A população israelense deve começar a ser imunizada no dia 27 .
“Pedi para ser vacinado primeiro, junto do ministro da Saúde, Yuli Edelstein, para dar o exemplo e os encorajar a serem vacinados”, disse Netanyahu.
“Eu acredito nesta vacina”, afirmou o premiê após receber a vacina da Pfizer e BioNTech, no Centro Médico Sheba, em Tel Aviv.
Netanyahu citou ainda passagens da Bíblia e parafraseou as primeiras palavras do astronauta Neil Armstrong ao chegar à lua, em 1969.
“Esta é uma pequena injeção para um homem, mas um grande passo para a saúde de todos nós. Que isso seja um sucesso. Saia e se vacine!”, disse Netanyahu.
Os envios das vacinas da Pfizer começaram a chegar em Israel na semana passada, enquanto as vacinas Moderna e AstraZeneca não chegaram mas já estão encomendadas.
Israel pretende ter doses suficientes até o final do ano para os 20% da população do grupo de risco.
Estados Unidos
Na sexta-feira (18), o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19, das farmacêuticas Pfizer e BioNTech. A aplicação pública integra um esforço do governo norte-americano para incentivar a vacinação no país.
O presidente Donald Trump, que teve a Covid-19 em outubro, ainda não informou se tomará a vacina. Joe Biden receberá a dose na segunda-feira (21).
No início do mês os ex-presidentes norte-americanos Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton se ofereceram para tomar a vacina contra a Covid-19 em público, após ela ser aprovada pela FDA (Administração de Alimentos e Drogas), para incentivar a população a se imunizar.
De acordo com a emissora “CNN”, a iniciativa foi tomada por Bush que, através de seu chefe de Gabinete, Freddy Ford, procurou o infectologista Anthony Fauci, chefe do NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas) e membro da força-tarefa do governo de Donald Trump contra o coronavírus, para sugerir a ação.
“Há algumas semanas, o presidente Bush me pediu para avisar ao Dr. Fauci que, quando chegar a hora certa, ele fará o que puder para ajudar a incentivar os cidadãos a se vacinarem. Primeiro, as vacinas precisam ser consideradas seguras e administradas às faixas prioritárias. Depois, o presidente Bush entrará na fila para receber a vacina e ficará feliz em fazer isso em frente às câmeras”, disse Ford à emissora na ocasião.
Depois dessa divulgação a emissora entrou em contato com as equipes de outros dois ex-presidentes, que também se dispuseram a participar de uma campanha de conscientização.
“O presidente Clinton certamente tomará a vacina assim que estiver disponível para ele e com base nas prioridades determinadas pelas autoridades. E ele fará isso em ambiente público, se isso ajudar a fazer com que os norte-americanos façam o mesmo”, disse Angel Urena, assessor de imprensa do ex-mandatário.
Já Obama tinha dito em entrevista recente que ia “acabar exibindo na TV ou filmando” quando fosse tomar o imunizante para “que as pessoas saibam que eu confio na ciência”. “Eu confio em pessoas como o Dr. Fauci, com quem trabalhei, e se Fauci me disser que a vacina é segura, eu com certeza vou tomá-la”, disse Obama.