Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2020
A Argentina já tem um acordo com a Rússia para o fornecimento da Sputnik V
Foto: ReproduçãoO órgão regulador de alimentos e medicamentos da Argentina (ANMAT) autorizou, na terça-feira (22), o uso emergencial da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 e, nesta quarta-feira (23), a utilização da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
A Argentina já tem um acordo com a Rússia para o fornecimento do imunizante. O governo ainda negocia um acordo de prestação de serviços com a Pfizer.
“A Administração Nacional de Medicamentos e Alimentos informa que, por meio do Regulamento 9210/20, autorizou a inscrição no Registro de Especialidades Medicinais do produto ‘Comirnaty/BNT162b2’, uma vacina para SARS-COV-2 da empresa Pfizer”, disse a agência em comunicado.
Segundo a ANMAT, a vacina “apresenta uma relação risco-benefício aceitável” que permite sua autorização, concedida pelo prazo de um ano sob a condição de venda sob prescrição. A Argentina participou dos estudos de fase 3 do imunizante da Pfizer/BioNTech. Entretanto, segundo o governo, as negociações para o fornecimento de doses pararam.
“Conversamos com muitos laboratórios. A primeira com que falamos foi a Pfizer, então, temos certa frustração de que isso não saia”, disse o ministro da Saúde, Ginés González García. “Quando isso acabar, a verdade será conhecida”, acrescentou.
O ministro afirmou que o laboratório estabeleceu novas condições “inaceitáveis” para o fornecimento de vacinas, sem entrar em detalhes, mas depois esclareceu que as negociações continuam e espera que “corram bem”.
“O compromisso que existia era que, se a Argentina colocasse voluntários, teria prioridade para negociar, mas a negociação não é fácil, ainda é um produto comercial”, afirmou o diretor do estudo de vacinas da Pfizer na Argentina, Gonzalo Pérez Marc.
Na terça-feira (22), um voo partiu para Moscou em busca de 300 mil doses da Sputnik V que vão permitir o início da campanha de vacinação no país sul-americano. O acordo global prevê o fornecimento de 25 milhões de doses.
Segundo o jornal Clarín, uma fonte do Ministério da Saúde disse que “a vacinação começaria na segunda ou terça-feira em todas as províncias ao mesmo tempo”.
A Argentina também assinou convênios de fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e faz parte do mecanismo Covax, da OMS (Organização Mundial da Saúde).