Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de dezembro de 2020
(Foto: Divulgação)
Foto: DivulgaçãoO papa Francisco celebrou uma Missa do Galo de véspera de Natal nesta quinta-feira (24) mais sisuda devido à pandemia de coronavírus e disse que as pessoas deveriam se sentir obrigadas a ajudar os necessitados porque o próprio Jesus nasceu pobre.
A missa foi realizada em uma parte dos fundos da Basílica de São Pedro com menos de 100 participantes e apenas um pequeno número de cardeais e bispos. Ela normalmente é realizada na parte principal da basílica e presenciada por até 10 mil pessoas, incluindo diplomatas representando cerca de 200 países.
Todos com exceção do papa e do pequeno coro usavam máscara durante a missa, que começou duas horas mais cedo do que o normal para que mesmo o limitado número de pessoas que participaram pudessem voltar para casa a tempo do toque de recolher de 22h.
O papa Francisco disse que o Natal deveria fazer com que todos refletissem sobre “nossa injustiça com muitos de nossos irmãos e irmãs”, em vez de buscarem “nosso desejo sem fim de posses” e prazeres efêmeros.
“Deus veio entre nós em pobreza e necessidade, para nos dizer que ao servir os pobres, mostraremos nosso amor por Ele”, disse o papa, que celebra o oitavo Natal de seu pontificado.
Manjedoura de vaidade
O papa Francisco disse ainda que muitas vezes, “famintos de divertimento, sucesso e mundanidade, nutrimos a vida com alimentos que não saciam e deixam o vazio dentro”.
Nesta saciedade interminável por ter, “nos lançamos em manjedouras de vaidade, esquecendo a manjedoura de Belém”.
Conforme o papa, aquela manjedoura, pobre de tudo e rica de amor, ensina que o nutrimento da vida é deixar-se amar por Deus e pelos outros. “Jesus nos dá o exemplo: Ele, o Verbo de Deus, é infante; não fala, mas oferece a vida. Nós, ao invés, falamos muito, mas somos com frequência analfabetos de bondade”, disse o sacerdote.
Deus, continuou o Papa, nasceu menino para nos impelir a cuidar dos outros. “O seu amor desarmado e desarmante lembra-nos que o tempo de que dispomos não serve para nos lamentarmos, mas para consolar as lágrimas de quem sofre.” Servindo os pobres, amamos a Deus.