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Porto Alegre A Polícia Civil tenta identificar os responsáveis pelo tiro que matou uma grávida em rua na Zona Sul de Porto Alegre

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Educadora infantil foi atingida quando caminhava até um supermercado. Bebê também não resistiu. (Foto: Reprodução/Facebook)

Passada mais de uma semana desde a morte de uma gestante atingida por bala perdida na Zona Sul de Porto Alegre, a Polícia Civil gaúcha ainda desconhece a identidade dos atiradores. A corporação divulgou nesta terça-feira (5) imagens de uma câmera de segurança, a fim de que a população possa ajudar indicar os autores dos disparos, em um ataque supostamente relacionado ao tráfico de drogas.

Além do vídeo distribuído à imprensa, foi disponibilizado o telefone 0800-642-01-21, para que qualquer cidadão possa colaborar com informações que permitam esclarecer o crime. A ligação é gratuita e o sigilo garantido.

Até agora, os investigadores só conseguiram chegar a dois homens que supostamente eram os verdadeiros alvos do ataque. Ambos com antecedentes criminais por tráfico, eles foram feridos sem gravidade pelos tiros e já prestaram depoimento, confirmando que os tiros foram efetuados por uma dupla que circulava a bordo de um carro escuro por ruas do bairro Cristal, Santa Teresa e Teresópolis na tarde do ataque.

Relembre o caso

O caso comoveu a opinião pública gaúcha e ganhou destaque na imprensa nacional. No final da tarde de 28 de dezembro, uma segunda-feira, a educadora Cíntia Rosa da Silva, de 29 anos e no sétimo mês de gestação, trabalhava em uma escola infantil no bairro Menino Deus. Ela cumpria licença-maternidade e havia saído de casa para comprar pão em um supermercado perto de sua residência.

Nas proximidades de um conhecido ponto de venda de drogas na avenida Orfanotrófio, acabou atingida nas costas por uma bala perdida e morreu pouco tempo depois, no posto de saúde da Vila Cruzeiro, quando recebia os primeiros atendimentos.

Ela deixou marido e um casal de filhos, de 11 e 12 anos. O bebê que carregava no ventre – uma menina que receberia o nome de Lívia – chegou a nascer por meio de uma cirurgia cesariana de urgência e foi conduzido ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, no bairro Independência, mas no dia seguinte não resistiu.

O caso foi atendido primeiramente pela Brigada Militar (BM). Desde então, as investigações estão a cargo da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Porto Alegre, cuja titular é a delegada Roberta Bertoldo.

Segundo testemunhas, os disparos haviam sido efetuados pelos dois ocupantes de um veículo preto que desceram do carro para matar dois jovens, de 19 e 20 anos, atendidos e liberados horas depois no Hospital de Pronto Socorro (HPS), no bairro Bom Fim, localizado a cerca de 6 quilômetros do local do incidente. Na mesma semana, foram localizados pela Polícia e prestaram depoimento, confirmando as suspeitas de que o ataque, de fato, havia sido motivado por disputas relacionadas ao tráfico.

(Marcello Campos)

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