Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2021
Um dia após se reunir com representantes do governo do Estado, o novo titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, Mauro Sparta, anunciou nesta quarta-feira (6) a possibilidade de ativação de 100 leitos adicionais em unidades de terapia intensiva (UTIs) para atendimento a pacientes de coronavírus. “A medida tem por objetivo garantir atenção completa aos casos mais graves após o período das festas de fim de ano”, frisou.
“Nestes dois dias, analisamos todas as informações disponíveis e realizamos encontros com representantes de hospitais para avaliar a possibilidade de ativação no curto prazo”, declarou Sparta. Ainda segundo ele, devem ser reabilitados leitos hospitalares que haviam sido direcionados para atendimento de outras doenças no período em que a taxa de ocupação hospitalar pela Covid esteve em menor nível.
O secretário garantiu que as estatísticas estão sendo acompanhadas e que todos os esforços estão sendo direcionados para que a rede de saúde do município esteja preparada para um eventual aumento no número de casos de coronavírus que exijam internação hospitalar. Sparta, no entanto, mencionou dados que apontam uma queda nas taxas de ocupação de UTIs nos últimos dias.
Na manhã desta quarta-feira, o painel de monitoramento de unidades de terapia intensiva de Porto Alegre apontava um contingente de 283 pacientes com teste positivo de coronavírus em atendimento em leitos desse tipo. O número era o menor dos últimos 30 dias.
Líder isolada no ranking gaúcho da pandemia, a capital gaúcha acumula 71.494 casos confirmados de coronavírus desde março do ano passado, primeiro mês da pandemia no Estado. Também está no topo em número de mortos, com 1.917 até a tarde desta quarta-feira, conforme a estatística oficial da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Máscara
Ainda no que se refere à pandemia de coronavírus, a prefeitura de Porto Alegre esclareceu, por meio de seu site oficial, que a mudança na obrigatoriedade do uso de máscara dentro dos veículos do transporte coletivo se dá apenas para passageiros com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado do dispositivo. Para isso, no entanto, é necessária uma declaração médica que justifique a liberação.
Conforme descrito na íntegra do decreto municipal nº 20.890, de 5 de janeiro, a exceção também pode ser aplicada a crianças com menos de 3 anos, em sintonia com a legislação estadual e federal. Para os demais usuários do sistema, a obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte coletivo continua para os demais usuários. Vale lembrar, ainda, que trata-se de uma das práticas mais recomendadas por especialistas para prevenir o contágio pelo coronavírus – para isso, é preciso usá-la sobre a boca e nariz.
(Marcello Campos)