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Colunistas Prévias de 2022

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As eleições para as presidências da Câmara e do Senado antecipam cenários para as disputas à Presidência da República. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

As eleições para as presidências da Câmara e do Senado antecipam cenários para as disputas à Presidência da República e aos governos estaduais em 2022. Na Câmara, a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) faz parte do projeto – orquestrado pelo ex-presidente Michel Temer e Rodrigo Maia – de construção uma ampla frente suprapartidária contra Bolsonaro. No Senado, o PSD selou adesão à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apadrinhado histórico de Aécio Neves. Ou seja, as eventuais vitórias de Rossi e Pacheco fortalecem a imagem dos dois políticos – Temer e Aécio – tombados pela Lava-Jato que podem voltar a dar as cartas no Congresso.

Cargos

Pelo acordo, Rodrigo Pacheco se compromete a apoiar o candidato do PSD ao governo de Minas Gerais em 2022. A aliança também envolve negociações em torno de comissões – como a de Constituição e Justiça – e cargos estratégicos na Mesa Diretora do Senado.

CCJ

Principal comissão do Senado, a CCJ é comandada atualmente pelo MDB que ainda não anunciou o nome que irá disputar a sucessão de Davi Alcolumbre. O partido tem quatro potenciais candidatos: Simone Tebet (MS), Fernando Bezerra Coelho (PE), Eduardo Braga (AM) e Eduardo Gomes (SE).

Muda

Depois de consolidar o apoio do PSD, Alcolumbre e Pacheco têm procurado senadores do PSDB e do grupo Muda, Senado. Os tucanos só devem se posicionar na próxima semana e senadores do Muda mantêm a intenção de lançar candidatura própria. Justificam que o comando do Senado, sob DEM ou MDB, não representa as mudanças que defendem.

Questão

Para evitar traições na votação que vai eleger o próximo presidente da Câmara dos Deputados, partidos cogitam fechar questão a favor do candidato ao qual já anunciaram apoio. Quando um partido “fecha questão”, deputados que descumprem a orientação podem ser punidos.

Dissidentes

A votação, no dia 1º de fevereiro, é secreta. Apesar de declararem oficialmente apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), no PSL e PSB, por exemplo, deputados mantêm o voto no adversário do bloco, Arthur Lira (PP-AL), alinhado ao Palácio do Planalto.

Conta

Com o recente apoio do PT, maior bancada na Câmara, o bloco que apoia Baleia Rossi (MDB-SP) soma mais de 270 deputados. Para ser eleito, o candidato precisa de 257 votos. Já a candidatura Arthur Lira (PP-AL) conta com a adesão de cerca de 190 parlamentares.

Seringas

Até o dia de 30 junho, a importação de vacinas e seringas terá alíquota zero. A decisão do Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) do Ministério da Economia entra em vigor nesta semana após o fracasso, dias atrás, do leilão do governo federal para compra dos produtos.

Preços

Em outra medida para remediar o revés do leilão do Ministério da Saúde, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia restringiu a exportação de seringas e agulhas. A compra dos insumos pelo governo está suspensa até que os preços “voltem à normalidade”, segundo o presidente Jair Bolsonaro.

Quando?

Governadores pressionam o Ministério da Saúde pela definição da cronograma de vacinação. A única resposta, vaga até agora, é de que a imunização terá início ainda neste mês. “O Brasil está muito atrasado”, resume o governador Wellinton Dias (PT-PI) que articula uma reunião para segunda, 11, com os presidentes da Câmara, do Senado e do STF para tentar acelerar o cronograma.

Nunciatura

Morreu, aos 90 anos, o ex-deputado Bonifácio Andrada, vítima de complicações decorrentes do covid-19. Certa vez, homenageado pela Nunciatura, disse a um interlocutor que “ninguém é reconhecido na sua terra, mas ser reconhecido pelo Vaticano já bastava”. Deixou o filho, Lafayette de Andrada, como herdeiro político.

PSB x PT

O PT dominou a prefeitura do Recife até 2012, quando o PSB passou a administrar a capital. A união se deu até a eleição de João Campos, em 2020. Agora, são inimigos políticos. Na primeira reunião do secretariado do novo prefeito foi dito que nenhum petista deve integrar a gestão do PSB.

Porto

Apoiado pelo deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA), o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, também do PL, que voltou ao cargo depois de anos, anunciou, recente, os nomes do primeiro escalão e do secretariado da sua gestão.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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