Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2015
Ficar sem cartões bancários durante uma viagem ao exterior – seja porque foram bloqueados pelo banco, engolidos pelo caixa eletrônico, perdidos, furtados ou porque você digitou a senha errada – é uma situação tão comum quanto inconveniente.
No caso da engenheira química Caroline Rodrigues, “a tela congelou na mensagem que pede para inserir o cartão”, depois de o plástico estar dentro do equipamento, para não ser mais devolvido. Sem telefone emergencial à vista, ela e o namorado voltaram ao hotel, em Dubai (Emirados Àrabes Unidos) para tomar as providências de cancelamento. “[O problema] costuma acontecer em Nova York, Orlando, na Califórnia, lugares [nos Estados Unidos] onde há grande fluxo de turistas e boa parte dos cartões usados são de tarja, não de chip com senha”, asssinala o diretor da área de Riscos da Visa no Brasil, Edson Ortega. Então, veja como minimizar o risco de ter problemas, e o que fazer caso aconteça.
Antes: tenha sempre opções.
Acrescente ao check-list pré-embarque o item dinheiro – é essencial levá-lo de forma diversificada na viagem. Ter em mãos uma quantia em notas é importante, mas seja cauteloso: prefira levar uma doleira junto ao corpo para evitar aborrecimentos. Não esqueça também de avisar seu banco sobre a viagem. O superintendente executivo do Santander no Brasil, Rodrigo Cury, diz que é preciso comunicar os destinos e a duração da viagem para que os cartões possam ser usados fora do Brasil – e, se for o caso, aumentar o limite para compras e saques nos cartões de crédito e débito. Boa parte dos bancos permite que o aviso seja feito também pelo site. Segundo a Abecs (Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), “por medida de segurança, o emissor (do cartão) não autoriza compras no exterior por se tratarem de operações incomuns”. Por isso é preciso avisar. Ter mais de um cartão também é importante, principalmente para quem viaja sozinho. Outra providência é anotar ou fotografar os números dos cartões e os telefones de atendimento emergencial, e guardar em segurança no local de hospedagem. São informações indispensáveis para as primeiras providências – e, em caso de perda ou roubo, conseguir bloquear o cartão antes de tomar um prejuízo daqueles em plenas férias.
Durante: cancelamento à vista.
Golpear a máquina dificilmente vai adiantar. Se o equipamento engolir o cartão, chame um funcionário – e aqui você entende porque é preferível sacar em agência bancária, no horário de expediente – ou ligue para a central de atendimento. É quase certo que você terá de cancelar o cartão, para sua própria segurança e tranquilidade – e isso vale também em caso de perda, furto ou roubo. Por isso é tão importante ter anotados ou fotografados os números dos cartões e telefones de contato do banco e administradora. “Cancele o cartão o mais rápido possível. E use seu próprio telefone celular ou o de uma pessoa conhecida. Nunca de terceiros”, diz Ortega, da Visa. Você pode optar por já pedir uma nova via, mas pergunte o prazo máximo de entrega. Talvez seja o caso de deixar essa parte para resolver em casa. Quanto ao dinheiro para o restante da viagem: a administradora do cartão de crédito não é obrigada, segundo a Abecs, mas pode oferecer um saque emergencial.
Depois: ressarcimento ou não?
As entidades de defesa do consumidor afirmam que seu banco no Brasil tem, sim, responsabilidade pelos problemas que você tiver com o plástico durante a viagem ao exterior. Em caso de furto, roubo ou clonagem, por exemplo, se o ladrão fizer algum saque ou compra, o banco deve ressarcir o cliente. Para conseguir os valores de volta, o importante é comunicar o fato o quanto antes – e se munir de paciência para a burocracia. (AE)
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