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Geral Vacina de Oxford é tão boa para idoso quanto para jovem, diz cientista que coordenou testes

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Aeronave com a remessa tem pouso previsto para as 11h15min no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. (Foto: Reprodução/Niaid)

Coordenadora dos ensaios clínicos da vacina de Oxford/AstraZeneca no Brasil, Sue Ann Costa Clemens disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a falta de dados sobre a eficácia da vacina de Oxford em idosos não significa que essa população deva ficar sem o imunizante. A discussão sobre a eficácia da vacina em idosos começou na Europa, após a Alemanha dizer que não pretende aplicar essa vacina na população acima de 65 anos. O Reino Unido, que já liberou o uso emergencial, garantiu que seguirá sem restrições.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também liberou o uso emergencial sem contraindicações. Na quinta-feira, 28, o Ministério Público Federal solicitou à agência e à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que será responsável por fabricar o imunizante de Oxford no Brasil, dados de eficácia do produto em idosos.

A vacina já demonstrou resultados satisfatórios sobre segurança e também em relação a imunogenicidade, a capacidade que uma vacina tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. “A resposta imune é tão boa para quem tem acima de 70 quanto para os mais jovens”, diz Sue Ann, também professora e diretora do grupo de vacinas da Universidade de Oxford e diretora do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena (Itália). Para determinar os dados sobre eficácia em idosos, no entanto, ainda é necessário mais tempo.

Até agora, dois milhões de doses do imunizante de Oxford já foram distribuídos pelo Brasil. A Fiocruz prevê receber os insumos para a produção de mais unidades por volta de 8 de fevereiro e entregar outro lote ao Ministério da Saúde em março. Para a pesquisadora, entender os potenciais e limitações das vacinas também é importante para definir estratégias de aplicação de doses em diferentes grupos pelo Brasil. Leia abaixo alguns trechos da entrevista.

– O que achou dessa ação do MPF (que cobra os dados de eficácia em idosos)?Apresentamos todos os dados até 4 de novembro. Há uma grande diferença no desenvolvimento das vacinas. Os produtores têm mostrado resultados que, em geral, não são mostrados até terminar a fase três. Existem nuances dentro desse período. Os subgrupos de estudos estão em andamento e os dados serão apresentados conforme saírem os resultados.”

– Com os dados existentes é possível garantir que a vacina é segura para todas as faixas etárias?A vacina é segura. Vale lembrar que mais de 17 países já aprovaram a vacina para uso emergencial ou registro a partir de 18 anos. O estudo de imunogenicidade demonstrou resultado satisfatório em todas as faixas etárias. Isso, de certa maneira, vai refletir na eficácia.”

– Há previsão de quando haverá dados sobre a população idosa?O que precisa ficar claro é que a maior parte dos estudos ainda não teve tempo de incluir, em praticamente seis meses, o grupo de idosos. Não houve tempo necessário para acompanhar e mostrar grande número de casos.”

– Como é o processo de um teste de vacina?O estudo clínico em segurança, a fase 3 (dos testes da vacina), começa com adultos saudáveis, de 18 e 55. Depois que os dados desse grupo são analisados por um comitê de segurança independente, começam a ser testados um novo grupo, de 56 a 69 anos. Há uma nova análise. E só depois são aplicadas em quem tem mais de 70. É quando já deu para provar que existe eficácia. Mas os idosos demoram mais tempo para termos esse retorno porque é um grupo que ficou protegido, que tem menos contato, por isso tem menos casos.”

– Por que acha que a Alemanha se antecipou à decisão da União Europeia e avisou que não vacinará idosos com o imunizante de Oxford/ AstraZeneca?Liguei a um membro da Stiko (comitê de vacina alemão). Os alemães, como todos os comitês pelo mundo, estão se reunindo frequentemente. Não se analisa de uma hora para outra o que vai ser feito, qual será a estratégia de vacinação. A informação vazou para a imprensa. Não era para ter vazado. A União Europeia ficou chateada. A Stiko não divulgou oficialmente nada ainda.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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