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Colunistas A eleição na Câmara ainda não terminou

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Arthur Lira já realizou ontem reunião de líderes no gabinete da presidência. (Foto: Câmara dos Deputados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A Câmara dos Deputados ainda não encerrou a eleição da sua mesa diretora. Um canetaço dado pelo deputado Rodrigo Maia, no último dia como presidente da Câmara, autorizou a criação de um bloco de partidos e a mudança no critério da distribuição dos cargos.

Após assumir o comando da casa, ainda na noite de segunda-feira, o deputado Arthur Lira anulou a decisão de Rodrigo Maia, e restabeleceu a eleição dos cargos da mesa diretora, diretamente pelo plenário, sem a obrigação de ser obedecida a proporcionalidade.

Traduzindo: neste momento nenhum tema ideológico motiva a oposição. A disputa é por cargos na mesa diretora.

A decisão foi remetida para a manhã desta quarta-feira.

Abertura do ano legislativo

A abertura do ano legislativo está marcada para esta quarta-feira, às 16 horas, e será conduzida pelo presidente do Congresso Nacional – que é o presidente do Senado –, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL).

A expectativa é de que o presidente Jair Bolsonaro compareça à sessão.

O novo momento

O episódio da eleição do comando das mesas do Congresso – Câmara e Senado – deixou eventuais pretendentes ao enfrentamento com o presidente Jair Bolsonaro em 2022, com as barbas de molho.

Além da força popular, o episódio seu força política a Bolsonaro, que vai ter o legislativo ao seu lado para a votação de projetos importantes que estavam trancados por Rodrigo Maia, como forma de desgastar o governo.

Apoio desnecessário

Embora fosse uma eleição restrita a deputados federais, o governador gaúcho Eduardo Leite cravou antecipadamente o apoio a Baleia Rossi.

A reforma política por aqui

A presença do deputado Covatti Filho, atual secretário da Agricultura, será mais importante em Brasília, a partir de agora.

Ele faz parte de um núcleo de amigos do novo presidente Arthur Lira, que também é do PP e, se retomar seu mandato, certamente terá papel político importante em Brasília.

Caso se confirme o retorno de Covatti à Câmara, o PTB perderá uma cadeira, com a saída do suplente, deputado Ronaldo Santini.

E o PP poderá indicar outro nome para a pasta da Agricultura. Os cotados são os deputados Ernani Polo, e Silvana Covatti.

Se um deles assumir, abrirá vaga na bancada estadual do PP para o suplente Marcus Vinicius de Almeida.

A vez do parlamento gaúcho

A Assembleia Legislativa troca nesta quarta-feira o seu comando. A sessão da segunda-feira foi transferida para hoje, criando um providencial feriadão aos deputados.

Há um acordo a ser cumprido que estabelece um rodízio entre deputados das quatro maiores bancadas.

Começou com Luis Augusto Lara, do PTB e continuou com o atual presidente, Ernani Polo, do PP.

Pelo acordo, os deputados devem eleger Gabriel Souza do MDB, para presidir o legislativo este ano.

No próximo ano, o compromisso será eleger Valdeci Oliveira, do PT.

A fracassada greve dos caminhoneiros deixou lições

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que atuou na linha de frente do governo no diálogo com os caminhoneiros , disse que a convocação de greve para a última segunda-feira (1º) fracassou, mas deixou lições.

Organizações como a CUT e o MST tentaram se apropriar do movimento em vários estados, mas foram rechaçadas pelo movimento dos caminhoneiros.
O ministro fez o diagnóstico certeiro da pouca adesão dos caminhoneiros:

“Eles sentiram o cheiro de uso político e isso foi decisivo para o afastamento dos caminhoneiros da greve. A primeira lição que tivemos hoje é que o caminhoneiro não se deixa enganar e sabe que não é qualquer liderança que o representa.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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