Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2021
Atividade de flash mob realizada pelo Imama para chamar a atenção sobre a doença.
Foto: Alex Rocha/PMPAA Prefeitura de Porto Alegre, representada pelo Gabinete da Primeira-Dama, participou nesta quinta-feira (4), de ações do Dia Mundial do Câncer promovidas pela Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama). Para marcar a data, duas grandes faixas de tecido laranja e azul-marinho, cores que simbolizam a campanha de combate ao câncer de mama, foram pregadas na fachada do Paço Municipal. No final da manhã, foi realizada em frente ao prédio uma atividade de flash mob, pelo Imama (Instituto da Mama do Rio Grande do Sul), para chamar a atenção sobre a doença.
“Queremos aumentar a conscientização dos porto-alegrenses sobre o problema e, desta forma, ajudarmos na prevenção do câncer, que causa inúmeras mortes a cada ano”, diz a primeira-dama Valéria Valentino.
De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), foram registrados 4.050 novos casos de câncer de mama em 2020 no Rio Grande do Sul e 660 em Porto Alegre. Conforme o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, os cuidados para evitar a doença na Capital passam pela oferta de exames preventivos e o estímulo a hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos. “O tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão associados a doenças como câncer de mama. Por isso a importância de hábitos saudáveis, além do acompanhamento nas unidades de saúde”, afirma.
Câncer de mama
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas: nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os serviços de saúde para avaliação diagnóstica.
A atenção das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.
A recomendação brasileira segue a orientação da Organização Mundial da Saúde e de países que adotam o rastreamento mamográfico.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas.
Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada.