Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2021
O Brasil tinha 9.599.565 casos e 233.520 mortes confirmadas por coronavírus, segundo informou o Ministério da Saúde nesta terça (9). Com isso são 51.486 diagnósticos e 1.350 vítimas registradas em 24 horas. Desde o início do ano, 38.571 novas vítimas foram registradas.
O governo afirma que 8.523.462 pessoas estão recuperadas da doença, e 842.583 permanecem em acompanhamento. Só os Estados Unidos têm mais vítimas que o Brasil. São 478.532 mortos, segundo o monitor Worldometer.
O número de mortos no Brasil também é elevado na comparação proporcional. São 1.103 mortes por milhão de habitantes segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa coloca o Brasil na 22ª posição do ranking mundial junto com a Colômbia. Em 31 de outubro, o Brasil ocupava o 4º lugar. A Bélgica é o país em que a covid-19 mais mata em relação ao tamanho da população. São 1.844 mortes por milhão de habitantes. Entenda aqui os motivos dos números belgas.
Os registros de mortes não se referem a quando alguém morreu, mas ao dia em que o óbito por covid-19 foi informado ao Ministério da Saúde. Aos fins de semana há menos registros não porque morrem menos pessoas, mas porque há menos capacidade operacional (menos funcionários) das secretarias estaduais de saúde em reportar e, do ministério da Saúde, em compilar os dados.
Vacinas
As recentes negociações do Ministério da Saúde para incorporar doses das vacinas Sputnik V e Covaxin ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 podem fazer a previsão total de doses para 2021 atingir 384,9 milhões.
Os acordos assinados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, somados à adesão ao consórcio Covax Facility e à importação de doses prontas da vacina Oxford/AstraZeneca, já apontavam que o país teria acesso a 354,9 milhões de doses até o fim de 2021.
O avanço nas negociações com os representantes dos desenvolvedores russos e indianos pode somar mais 30 milhões de doses a essa conta, caso essas compras sejam efetuadas e as duas vacinas recebam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pasta afirma que também negocia com as farmacêuticas americanas Pfizer, Moderna e Janssen.
O Ministério da Saúde anunciou que deu início na segunda (8) à elaboração de minuta contratual para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, que serão fabricadas na Índia pelo laboratório Bharat Biotech.
O total de doses da Covaxin a ser comprado tem previsão de chegar em cinco carregamentos de 4 milhões de doses, sendo o primeiro 20 dias após a assinatura do contrato, e o último, 70 dias depois.
A vacina ainda não tem autorização de uso emergencial da Anvisa e será submetida a ensaios clínicos de fase 3 no país, mesmo após a suspensão de obrigatoriedade dos testes de fase 3 em território nacional. Os parceiros do laboratório indiano no Brasil para os ensaios serão Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Os testes de fase 3 da vacina também ainda estão em curso na Índia, mas o país asiático já autorizou e iniciou a aplicação das doses na população.
O Ministério acrescenta que também poderá começar a elaborar a minuta, ainda nesta semana, para importar 10 milhões de doses do imunizante Sputnik V, desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Segundo a pasta, caso a compra da Sputnik V seja concretizada, o Brasil receberia 400 mil doses uma semana após a assinatura do contrato. Outras duas milhões estariam no Brasil um mês depois, e mais 7,6 milhões chegariam em até três meses.