Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2021
Bolsonaro com ministros em entrega de títulos de propriedade em Alcântara.
Foto: Alan Santos/PRO presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (11) que o auxílio emergencial pode ser pago novamente a partir do mês de março, mas por tempo limitado, por “três ou quatro” meses. Bolsonaro disse que o benefício não pode ser eterno, como é a aposentadoria e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
“É uma questão emergencial, porque custa caro para o Brasil. É um endividamento enorme para o Brasil. Tá quase certo, né? Não sabemos o valor. Com toda a certeza, pode não ser, a partir de março, três, quatro meses. Isso que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, relatou Bolsonaro no ato de entrega de títulos de propriedade rural em Alcântara, no Maranhão.
“Se nós nos endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito. E daí a inflação vem, a dívida já está em R$ 5 trilhões, e daí vem o caos. E ninguém quer isso aí”, completou, acrescentando que o brasileiro quer é trabalho.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia mencionado que a ideia era de atender à metade dos 64 milhões de beneficiários que receberam no ano passado, mas nem ele nem Bolsonaro explicaram como vão ser os critérios de seleção.
Guedes aceitaria pagar mais três parcelas de R$ 200, desde que houves uma nova rodada de medidas de ajuste fiscal, como cortes de gastos com servidores, e garantia jurídica, como uma cláusula de calamidade ou nova versão da PEC do orçamento de guerra, que permitisse ao governo o aumento de gastos.
Ainda nesta quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez uma cobrança ao ministro da Economia, Paulo Guedes, justamente por uma nova rodada do auxílio emergencial, num primeiro embate entre o recém-eleito e o responsável pela área econômica do governo.
“Urge que o ministro nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável, dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja, a situação está ficando crítica na população e precisamos encontrar uma alternativa”, afirmou Lira. Ele reclamou que o Ministério da Economia até então não havia enviado nenhuma proposta para a retomada do auxílio ao Congresso.