Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2021
O patamar diário de mortes do Brasil pode passar a ser o mais elevado do mundo nas próximas semanas.
Foto: EBCO país registrou 1.786 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas nesta quinta-feira (4) – uma ligeira queda em relação aos dois dias anteriores, que foram recordes desde o início da pandemia – chegando ao total de 261.188 óbitos desde seu começo. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.361, esta ainda em alta. A variação foi de 30% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
A marca é atingida no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse que “chega de frescura e mimimi”. “Vão ficar chorando até quando?”, perguntou em evento que participou em Goiás.
Já são 43 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 7 dias acima de 1,1 mil, e pelo quinto dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram seis recordes seguidos de sábado até aqui.
Mortes devem crescer
O patamar diário de mortes do Brasil pode passar a ser o mais elevado do mundo nas próximas semanas. Isso porque hoje o País só fica atrás dos registros dos Estados Unidos. Mas os norte-americanos têm avançado com uma ampla vacinação, com cerca de 80 milhões de doses já aplicadas, o que tem feito os dados registrarem quedas consecutivas. A média móvel de óbitos diários nos Estados Unidos tem ficado abaixo de 2 mil vítimas, o que não acontecia desde o início de dezembro.
Conforme dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem 9.591.590 pessoas recuperadas da doença, em meio a 10.718.630 casos confirmados.
O Ministério Público Federal, por meio de procuradores de 24 Estados e do DF, assinou recomendação ao Ministério da Saúde nesta quinta-feira para que adote com urgência, em todo o território brasileiro, medidas para conter a transmissão do novo coronavírus.
“O MPF pede providências a serem tomadas de forma imediata para evitar o iminente colapso nacional das redes pública e privada de saúde. Uma das demandas é que a pasta comandada por Eduardo Pazuello formule uma matriz de risco objetiva, baseada em critérios técnicos, que embase a adoção de medidas de distanciamento social, de acordo com a situação epidemiológica e a capacidade de atendimento de cada localidade”, declarou em nota a instituição.
Vacinação
Balanço da vacinação contra Covid-19 desta quinta-feira aponta que 7.671.525 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19. O número representa 3,62% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 2.463.894 pessoas (1,16% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal. No total, 10.135.419 doses foram aplicadas em todo o país.