Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de março de 2021
Entre os óbitos divulgados nesta terça-feira, 472 ocorreram nos últimos 10 dias.
Foto: EBCDivulgado nesta terça-feira (16), o mais recente balanço epidemiológico da Secretaria da Saúde acrescentou 502 mortes por coronavírus, novo recorde gaúcho de casos fatais em um único boletim diário da pandemia. A atualização elevou para 15.606 as vítimas por Covid no Rio Grande do Sul desde o começo da pandemia.
Até então, o maior número de perdas humanas – 276 – havia sido registrado no dia 11. Vale ressaltar que nem todos os óbitos mencionados nos relatórios ocorreram em um período de 24 horas, mas geralmente ao longo dos dez dias anteriores à divulgação dos dados, sendo enfim contabilizados à medida em que ingressam no sistema.
De qualquer forma, trata-se de uma informação bastante indicativa da gravidade da situação epidemiológica no Rio Grande do Sul. Basta observar a média diária desde uma semana para cá: 253 mortes por Covid. Foram 1.771 vítimas desde a última quarta-feira (10).
No acumulado desde 1º de março, o mês é o pior até agora no que se refere aos desfechos fatais da doença: 2.360. E ainda faltam mais de duas semanas para a chegada de abril, em meio a uma curva de casos e óbitos que não para de crescer.
Ainda no que se refere à lista de falecimentos notificados pelo boletim mais recente da Secretaria da Saúde, a vítima mais jovem e também a mais idosa são mulheres.
A primeira é uma moradora de Bom Progresso (Norte do Estado), que sucumbiu ao coronavírus com 24 anos. Na outra ponta do especto etário aparece uma anciã de 101 anos, que residia em Alvorada (Região Metropolitana de Porto Alegre).
Testes positivos
Já o número oficial acumulado de testes positivos de coronavírus desde março do ano passado subiu para 754.175, com a inclusão de 9.767 novos casos. Destes, 703.386 já se recuperaram (93%), ao passo que 35.008 habitantes dos 497 municípios gaúchos estão infectados no momento – segmento que abrange sintomáticos ou não, em quarentena domiciliar ou internação hospitalar.
Jovens em risco
Em relação ao perfil dos infectados no Rio Grande do Sul, indicadores analisados por especialistas do Gabinete de Crise do Palácio Piratini apontam a ocorrência, atualmente, de um número maior de jovens com teste positivo. Isso possivelmente esteja acontecendo devido ao fato de haver agora uma parcela maior da população contaminada, já que que o vírus está circulando mais.
“A Covid ainda é uma doença que afeta os mais velhos, e a idade ainda é um fator de risco bem maior”, pondera o farmacêutico Eduardo da Silva, da Secretaria Estadual da Saúde (SES). “Em um momento de incidência tremendamente alta do vírus, a quantidade de pessoas jovens que adoecem e morrem também é alta.”
Ainda segundo ele, a circulação maior do vírus é a grande habilidade que essa a variante P1 tem em relação às anteriores, por isso ela predomina.
E essa aceleração de propagação do vírus é o que mais preocupa também no âmbito do enfrentamento à pandemia. Junto a isso está o fato de os jovens em geral não serem considerados grupo de risco, aspecto que pode levar a um relaxamento nas medidas de prevenção por parte desse segmento populacional, com aumento da transmissão.
(Marcello Campos)
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