Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de março de 2021
As vibrações causadas por um exame de ultrassom podem danificar o vírus da covid-19. A pesquisa feita pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e publicada pelo periódico Science Direct diz que a ressonância é capaz de deformar o coronavírus.
Os cientistas estudaram a forma do vírus e concluíram que o formato com pontas e o material elástico com o qual ele é composto podem ser sucessíveis a vibrações. Os testes usaram então frequências para tentar causar danos no vírus.
As taxas de ressonância que conseguiram criar grandes deformidades no formato do coronavírus após ciclos de repetições se aproximam das utilizadas em exames de ultrassom. É daí que o estudo preliminar indica que o método pode ajudar a destruir o vírus.
Como funciona
Para ver os resultados, o processo foi criado em computador. Os cientistas criaram modelos do vírus e viram como ele reage a simulação das vibrações em diversas frequências. Os testes começaram com 100 MHz, mas não causaram grandes danos a estrutura.
Os pesquisadores passaram então para frequências mais baixas, entre 25 MHz e 50 MHz, e nessas o vírus sofreu danos por conta da ressonância, que cria drástico aumento na amplitude da vibração. Os estudos também testaram em diversos ambientes como na água e em locais com maior fluxo de ar.
“Provamos que sob a excitação de ultrassom a casca e os picos do coronavírus vibrarão, e a amplitude dessa vibração será muito grande, produzindo tensões que podem quebrar certas partes do vírus, causando danos visíveis à casca externa e possivelmente danos invisíveis para o RNA interno”, disse o líder da pesquisa no MIT, Tomasz Wierzbicki.
A pesquisa ainda está em fase inicial e, até o momento, foram feitas apenas simulações. Mas os cientistas acreditam no potencial do ultrassom para ajudar no tratamento contra o coronavírus. A ideia atualmente é detalhar ainda mais os resultados antes de testes feitos com materiais reais.
Na Espanha, um estudo semelhante também está acontecendo, mas os resultados ainda não foram publicados.