Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 30 de março de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A escolha da deputada Flávia Arruda (PP-DF) para assumir o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Governo, na prática, aumenta o poder de influência do presidente da Câmara, Arthur Lira, na administração do presidente Jair Bolsonaro, e entroniza o Centrão no comando da sua articulação política. Mulher do ex-governador do DF José Roberto Arruda, a novata mostrou que tem luz própria, ao presidir a Comissão Mista de Orçamento. Mas não chegaria a ministra não fosse Arthur Lira.
Consulta surpresa
A iniciativa do presidente Bolsonaro, de pedir sugestão de nome para a Secretaria de Governo, surpreendeu o próprio presidente da Câmara.
Críticas passadas
A condução da Secretaria de governo pelo general Ramos chegou a ser alvo de críticas de Arthur Lira, mas depois os dois se entenderam.
Mudança imprevista
Bolsonaro não faria mudanças na Secretaria de Governo, mas, com a saída de Braga Netto, ele precisou deslocar Ramos para a Casa Civil.
Reduzindo o ritmo
Após passar mal em Maceió, Braga Netto recebeu a recomendação dos médicos para reduzir o ritmo. Bolsonaro decidiu deslocá-lo para Defesa.
Há testemunhas, mas suposto lobby fica impune
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não cogita apurar a suspeita de que a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) teria “interesse” na licitação bilionária que vai definir a tecnologia 5G do Brasil. A suspeita foi levantada pelo ex-ministro Ernesto Araújo, ao relatar abordagem estranha da senadora durante almoço no Itamaraty. Desse almoço participaram outras 12 pessoas, incluindo nove embaixadores. Mas nenhuma dessas testemunhas será chamada a confirmar o caso.
Deixa estar
Através de sua assessoria, Rodrigo Pacheco disse que “duvida da veracidade” da denúncia grave envolvendo uma senadora da República.
Nada disso
A senadora Kátia Abreu disse que Ernesto Araújo não falou a verdade, e que sua reunião com o ex-chanceler foi “agradável” e “amena”.
Corporativismo
A denúncia de Araújo se deu na véspera de sua saída do Itamaraty. Já Pacheco disse nas redes sociais que Araújo “atingiu todo o Senado”.
Vai virar alvo
O novo chanceler do governo Bolsonaro, Carlos Alberto França, é um diplomata muito querido e admirado no Itamaraty. Promovido em 2019, será atacado pela “inexperiência”, apesar da sólida formação.
Um profissional
Ao convidar o delegado federal Anderson Adauto para chefiar a secretaria de Segurança Pública, o governador do DF, Ibaneis Rocha, recomendou profissionalismo e pacificação e redução da criminalidade. Adauto cumpriu a missão. Agora será ministro da Justiça.
Dinheiro não falta
A Secretaria de Orçamento Federal liberou quase R$ 28,8 bilhões para despesas urgentes que dependeriam de autorização do Congresso. Quase tudo para pagar salários e pensões. Já para auxílio emergencial…
Pandemia é prioridade
O presidente da Câmara, Arthur Lira, avisou que a pauta desta semana será definida nesta terça (30), em reunião de líderes dos partidos. A ideia é priorizar os projetos que tratam da pandemia da covid.
Que nota?
Não repercutiu em Brasília e já ninguém fala na nota que banqueiros e outros bilionários assinaram dias atrás, junto com economistas aos quais pagam belas consultorias, como se lhes coubessem decisões políticas.
Copia e cola
O projeto para obrigar as pessoas a se registrarem num aplicativo do governo para obter “passaporte digital” que comprove a vacinação contra a covid é cópia do projeto do governo do estado de Nova York, o “NY State Excelsior Pass”. A diferença é que lá não há lei que obriga adesão.
Isso já foi ‘fake’
O ex-diretor do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos Robert Redfield disse, em entrevista na TV americana, que é sua opinião que o coronavírus escapou do laboratório de Wuhan, na China.
Não dá audiência
Sem alarde, no mesmo dia em que, no Brasil, o total de vacinados com a primeira dose superou o número de casos de covid no país, o mundo bateu a marca de 100 milhões de pessoas curadas da doença.
Pensando bem…
… roubar pasta no Senado rende poder para derrubar ministro.
PODER SEM PUDOR
Orgulhosos carecas
Duas carecas ilustres se encontraram em uma solenidade no Supremo Tribunal Federal, em 1983. O então governador catarinense Esperidião Amin abraçou o ex-governador mineiro e banqueiro Magalhães Pinto, que tentou explicar a excitação dos fotógrafos que registravam o encontro: “Não se incomode, governador. Afinal, nunca vi careca pedindo esmolas…” Amin retrucou: “Nem nunca vimos um japonês careca…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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