Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2021
Em meio à crise econômica causada pela pandemia, as compras para as refeições da Semana Santa podem comprometer o orçamento familiar devido ao aumento no preço dos produtos e à redução no poder de compra. No entanto, para não abalar as finanças, especialistas apontam que peixes mais populares podem substituir o bacalhau sem interromper a tradição dos almoços na Sexta-Feira Santa e no Domingo de Páscoa.
Para a compra não pesar no bolso, o especialista em varejo Marco Quintarelli orienta que o consumidor deve fugir dos produtos nobres como lombo de bacalhau e filés. Segundo ele, o ideal é dar preferência às lascas de bacalhau, por exemplo. “Têm peixes secos que são vendidos em lascas salgadas e dão um excelente prato, podem ser feitos com natas, conforme as receitas portuguesas”, exemplifica.
Quintarelli pontua opções de pescados frescos como uma boa alternativa para economizar: “Corvina, tainha, anchova, sardinha e manjuba, que são os mais populares, com preços equivalentes no mercado. Dependendo do estabelecimento, você encontra a corvina por R$ 9,90. É um ótimo peixe para utilizar na Semana Santa”, indica, acrescentando que houve um aumento médio entre 30% e 35% nos peixes frescos em relação a 2020.
Patrícia Santos, nutricionista e coordenadora do Curso de Nutrição do IBMR, indica que o bacalhau pode ser substituído por peixes como merluza, tilápia e linguado, por exemplo. “Nas grandes redes de mercados, os valores variam entre R$ 15 e 28, para preparar comidas saborosas, mais baratas e saudáveis. Esses peixes vão muito bem em pratos assados, acompanhados de batata, cenoura, brócolis, cebola, entre outros ingredientes, usando temperos naturais como alecrim, salsa, cebolinha e alho”, ensina.
Cuidados na hora de escolher o peixe
Nutricionista e mestre em Saúde Pública pela Fiocruz, Luciana Novaes pondera que o consumidor precisa estar atento a dois pontos importantes: odor e firmeza da pele e escamas. “Procure comprar em lugares tradicionais ou que tenham uma grande saída de peixes e frutos domar, que mostrem a procedência do peixe. Isso já garante boas chances da qualidade do pescado”, ensina a nutricionista.
A especialista esclarece ainda que o “odor do peixe é característico, um cheiro de mar. Ele não pode estar forte, nem desagradável. A cor de cada peixe pode variar, mas cores muito escuras e amarronzadas ou desbotadas também podem indicar que o peixe já está em exposição há muito tempo, aumentando o risco de contaminação”.
A nutricionista Rosiane Soares explica que a sua carne na extensão do corpo deve ser firme, não deve afundar se pressionarmos com os dedos levemente. “O peixe deve estar em local refrigerado, em contato direto com o gelo. As escamas devem estar presas à pele, não devem soltar com facilidade ao passarmos as mãos. Os olhos devem estar brilhantes e úmidos. E as guelras rosadas ou vermelho vivo”.