Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 2 de abril de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A vacinação contra covid no Brasil continua batendo recordes, deixando sem argumentos os críticos e a “torcida do vírus”. A maior prova foi dada nos últimos dois dias, quando aplicamos mais de 2 milhões de doses. A meta de vacinar um milhão por dia, estabelecida pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde), batida na quarta (31) e elevada ontem (1º), mostrou o potencial do Plano Nacional de Imunização (PNI), só faltavam as doses.
Meta mais que dobrada
A meta de um milhão de doses foi batida uma semana depois de lançada por Queiroga, que já disse que será possível vacinar 2,4 milhões por dia.
Ritmo acelera
Mais importante que um ou dois bons dias é a média móvel de vacinas aplicadas diariamente. Segundo o vacinabrasil.org, passamos de 740 mil.
Há esperança
Março foi o mais mortal no Brasil, sem dúvida, mas também foi o mês em que vimos a vacinação disparar. Foram 14,4 milhões de doses aplicadas.
Ficou difícil negar
Com números superlativos, negacionistas alegam ser baixo o percentual de vacinados. Esquecem que os casos são metade das doses aplicadas.
Dá para conter covid com lojas abertas, diz CNC
Investir nos protocolos sanitários e não permitir aglomerações é a receita da CNC, a Confederação do Comércio, para conter o vírus sem fechar lojas e empregos. Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha gosta da fórmula. Ele foi primeiro a adotar isolamento social rígido no início da pandemia, mas esta semana acionou seu talento de advogado bem sucedido para derrubar liminar que obrigava o DF a iniciar novo lockdown na última quinta (1º), que ele decidiu flexibilizar após três semanas.
Ao menos o emprego
“Já que o povo não para, pelo menos que tenha emprego”, desabafou Ibaneis, rendendo-se aos argumentos contrários a lockdown demorado.
Vida e empregos
Até todos serem vacinados, diz José Roberto Tadros, presidente da CNC, “é preciso garantir a vida e também a sobrevivência dos negócios”.
Pior impossível
Mais de 75,5 mil lojas fecharam no Brasil, em 2020, e milhares seguem o mesmo caminho este ano. Lojas somem e seus empregos também.
Senado maquiagens
O Senado aprovou projeto demagógico, com tratamento cosmético para problemas sociais: proíbe “arquitetura hostil” contra moradores de rua, como colocar pedras sob viadutos, em vez de oferecer-lhes a chance de uma vida digna. Ainda vai ter gente propondo decoração sob pontes.
Faltou detector
Faltou detector de mentiras na entrevista de Lula à rádio BandNews, ontem. No Dia da Mentira, ele surrupiou a verdade. Com a “convicção” dos condenados com base em muitas provas. No caso dele, 3 mil.
Piada boliviana
A covid avança, mas governo da Bolívia não conseguiu aplicar mais que 289 mil vacinas, até agora. Bem menos que Alagoas, por exemplo. Em vez de explicar sua incompetência, “fechou a fronteira” com o Brasil.
Vida mais fácil
O presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória para facilitar abertura de empresas, favorecer o ambiente de negócios e melhorar a posição do Brasil no ranking Doing Business, do Banco Mundial.
Vacinação avança
Segundo o presidente da comissão da Covid-19 do Senado, Confúcio Moura (MDB-RO), se forem cumpridos os prazos de entrega das vacinas já compradas pelo governo, 50% da população será vacinada até junho.
Mordaça no Face
É de uma violência autoritária sem precedentes a censura do Facebook até à voz de Donald Trump, cancelando conta do filho que a reproduziu. Amanhã será o escritor questionador, o cantor “cancelado” por apoiar ou não apoiar causas, um artista, talvez um jornalista… Um dia será você.
Barrado no baile
O senador Renan Calheiros (MDB) não pode disputar o governo de Alagoas em 2022, porque a legislação eleitoral veda candidatura de parente de primeiro grau do governador atual, Renan Filho.
Nova secretária
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania), uma das referências do Congresso em questões de Saúde, foi homenageada pelos colegas por sua posse na secretaria estadual de Santa Catarina.
Pensando bem…
… vai ser difícil a ficção ganhar da realidade atual.
PODER SEM PUDOR
Até o olho era gordo
Os amigos do então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) se deliciam com a história do seu encontro “fatal” com a balança, antes da cirurgia que o fez se livrar de dezenas de quilos. Na farmácia, depositou a moeda para se pesar. Subiu na balança, diante de uma pequena e curiosa plateia de magros e falsos magros. Sorridente, perdeu a graça ao ler o que a máquina imprimiu: “Favor subir um de cada vez.”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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