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Variedades Philip de Edimburgo e Elizabeth II, 80 anos de uma história de amor que começou em um barco

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Philip de Edimburgo e Elizabeth II, 80 anos de uma história de amor que começou em um barco. (Foto: Reprodução)

Graças aos tabloides e à Netflix, sabe-se mais sobre a história e as vidas da família real britânica do que de famílias mais próximas. Com a série “The Crown” , tornaram-se populares capítulos menos conhecidos dos que os dos anos 1980 e 1990, quando ela se tornou a monarquia mais conhecida do mundo. Com a morte de Philip, duque de Edimburgo, esta é uma fase que nunca mais voltará.

Por 80 anos, Philip (nascido príncipe da Grécia e Dinamarca) foi parte fundamental da família real, sempre em um primoroso segundo plano. A rainha era sua mulher, mas também sua comandante e sua tarefa. Uma relação complexa nos anos 1940, mas também nos anos seguintes, e que nem sempre foi aceita com facilidade pelo príncipe, dados os costumes machistas comuns na época. Elizabeth controlou — de forma privada, ao contrário de seus filhos — essa relação. E o fez por amor. A então princesa filha de George VI conheceu Philip quando ela tinha 13 anos, e ele 18.

Foi em uma visita ao Royal Naval College (no qual ele se formaria em 1939 como melhor cadete de sua turma), quando era só mais um rapaz. Seus sobrenomes, caídos em desgraça, pouco o destacavam, e vivia do salário que recebia no trabalho. No Natal de 1942, quando não tinha aonde ir, um primo que era amigo da família real o levou como convidado ao Castelo de Windsor. Elizabeth tinha 17 anos e “estava feliz como nunca antes”. Em plena Segunda Guerra Mundial, um fim de semana de festas e alegrias elevou o espírito de todos e deu início a um flerte que durou oito décadas. Philip retornou ao castelo em julho do ano seguinte, e se sentiu querido e acolhido por uma vida de família, que mal tivera antes.

Os dois jovens começaram a trocar cartas quando ele serviu nas Forças Armadas britânicas na guerra e ela estava abrigada com sua irmã, Margaret, no Castelo de Windsor, enquanto seus pais estavam em Londres. Em setembro daquele 1943, foi a Balmoral passar alguns dias no verão. Em 1946, pediu Elizabeth em casamento, mas o rei George VI exigiu que esperassem até que a princesa completasse 21 anos, o que ocorreu em 1947, quando trocaram votos na Abadia de Westminster.

A população aceitou o casamento da futura rainha com um jovem cadete, mas o mesmo não ocorreu na família. Este foi um dos primeiros momentos da vida de Elizabeth em que sua determinação decidiu por ela. Seu desejo de casar era tamanho que pagou pelos tecidos e os detalhes de seu vestido com os cupons de seu cartão de racionamento.

Em 73 anos de união, o casamento sobreviveu a intempéries, obrigando-o a abandonar seus sobrenomes e adotar o de sua mulher, Windsor, e a abandonar a Igreja Ortodoxa. Boêmio, cometeu mais de uma infidelidade dentro do matrimônio, e não teve relação fácil com os quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward, provável herdeiro do título de duque de Edimburgo.

Desde o primeiro momento, foi muito observada sua relação com Charles. Desde cedo, o príncipe de Gales foi um menino sensível, mais ligado à arte e ao ar livre do que às atividades militares, carros ou caça, como seu pai. Sua formação precisava passar pela disciplina e pelo Exército, mas não se sentia confortável com as obrigações. Segundo relato do Guardian, Philip disse que Charles “é um romântico, e eu sou um pragmático, isso significa que vemos as coisas de formas diferentes”.

Mesmo assim, Philip era um pai orgulhoso dos filhos. Em 1997, em suas bodas de ouro, afirmou ter se saído bem, dadas as difíceis circunstâncias.

Anne era a mais próxima, por temperamento e interesses, como os cavalos e o campo. Também manteve uma relação cordial com aquela que um dia foi sua nora, a popular princesa Diana, que também precisou se esforçar para se integrar a uma família fechada e complexa. Ao saber das infidelidades de Charles, Philip tentou fazer com que o casamento não terminasse como terminou. Não teve dúvidas ao caminhar atrás do caixão de Diana, ao lado de seu filho e dos netos, em setembro de 1997.

Essa paixão se transmitiu aos netos, oito ao todo, para quem se tornou mentor e figura inspiradora, como também a seus bisnetos. Alguns receberam seu nome, como o filho recém-nascido de Zara Tindall, filha da princesa Anne. Todos esperavam o próximo dia 21 de junho, quando Philip completaria 100 anos, e voltaria a ocupar o lugar público de onde decidiu se afastar em 2017, quando se aposentou das funções oficiais. Faltaram 73 dias.

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