Por Flavio Pereira | 23 de abril de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Eleitos para a Câmara Federal depois de colarem suas imagens no presidente Jair Bolsonaro em 2018, agora Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP) se ofereceram à oposição integrada por PT, PSOL, PDT, UP, Rede, Cidadania, PCdoB, PSB e PV para ajudarem na criação de um “super pedido” de impeachment do presidente da República. Outro deputado eleito com apoio de Bolsonaro, Kim Kataguiri (DEM-SP), também está disposto a unir-se à esquerda neste projeto.
Senador Girão vai disputar presidência da CPI
O senador Eduardo Girão não concorda com o acordo para que o presidente da CPI da Pandemia seja o enrolado Omar Aziz, envolvido na denúncia do desvio de R$ 60 milhões da saúde do Amazonas. Ontem, Girão apresentou seu plano de trabalho, que prevê “com isenção e sem conflito de interesse, investigar ações e eventuais omissões do Governo Federal assim como suposto desvios de bilhões de reais de verbas da União enviadas a Estados e municípios, visando o enfrentamento da pandemia no Brasil. A meta, segundo o plano de trabalho de Girão, será “buscar toda a verdade e não apenas uma faceta dela a partir de uma CPI eminentemente técnica”.
Números negativos do RS na comparação com a Suécia
A estatística mais recente comparando a estratégia gaudéria do abre e fecha do Rio Grande do Sul e de outras capitais, com a Suécia, que fez quarentena vertical sem fechar a economia, escolas e as atividades não essenciais, é terrível.
Ontem, o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra atualizou os dados. A taxa de mortalidade da covid (número de mortes/milhão de habitantes), é o principal indicador para avaliar as estratégias para salvar vidas. Passado mais de 1 ano de pandemia ela está assim:
— Suécia-1366;
— Brasil-1785;
— Ceará-1810;
— São Paulo-1970;
— Rio Grande do Sul-2080
Mais bate-boca no STF
Um novo bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso aconteceu ontem no STF, onde a maioria (7 x 2) já votou para manter a decisão da Segunda Turma da Corte que declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial no julgamento do ladrão-mor Luiz Inácio Lula da Silva, na ação penal do triplex do Guarujá. Antes, os ministros decidiram também enviar os processos de Lula que tramitavam na 13ª Vara Federal de Curitiba para a Justiça de Brasília. A sessão foi suspensa após pedido de vista do ministro Marco Aurélio.
Além de Marco Aurélio, falta ainda votar o presidente da Corte, Luiz Fux. Se a decisão da maioria for confirmada após o fim do julgamento, todo o processo do triplex fica anulado e terá que recomeçar da estaca zero, confirmando que no Brasil, o crime compensa.
Referindo-se a Gilmar Mendes, Barroso afirmou:
“A maneira certa de reformar decisão é no órgão competente e não no grito”.
Mourão senador: onde?
O vice-presidente Hamilton Mourão admitiu ontem que seu foco poderá ser uma vaga no Senado. Em 2022, cada Estado renova uma das três cadeiras.
Mourão está de olho no Distrito Federal ou Rio Grande do Sul.
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