Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2021
Funcionários da agência voltam de inspeção na Rússia nesse sábado (24). Eles avaliam há uma semana as condições de produção do imunizante.
Foto: ReproduçãoNa próxima semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai realizar reuniões extraordinárias para avaliar processos referentes ao enfrentamento da Covid-19. A reunião mais aguardada é a que vai tratar dos pedidos de importação da vacina Sputnik, feitos por estados e municípios.
A reunião extraordinária da Diretoria Colegiada sobre a Sputnik, na segunda (26), vai ocorrer às 18h. “A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido pela Lei, e confirmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que a agência avalie os pedidos de importação de vacinas para Covid sem registro”, explicou a Anvisa.
Lewandowski estipulou até o fim do mês de abril para que a agência decida sobre a “importação excepcional e temporária” de doses da Sputnik V. O ministro tomou a decisão em uma ação protocolada pelo governo do Maranhão, que diz ter negociado 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
Os diretores da Anvisa tomarão a decisão, depois de receberem os dados coletados por servidores da agência na Rússia. Eles estão há uma semana inspecionando as empresas Generium e UfaVita, que produzem o imunizante.
Cobrança de relatório
Uma das principais cobranças da Anvisa para análise da Sputnik era a falta do “relatório técnico” que embasou a concessão do Certificado de Registro, emitido pelo Ministério da Saúde da Rússia. O documento deve detalhar os aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina que subsidiaram a decisão da autoridade estrangeira.
Além disso, a agência também solicitou que três itens relacionadas às “Boas Práticas de Fabricação” não constam na documentação enviada pela farmacêutica brasileira União Química, que é a intermediária no processo de importação e que também prevê fabricar a vacina no Brasil.
Eficácia
O governo federal e ao menos nove estados têm acordos para compra de milhões de doses do imunizante. Em março, o Ministério da Saúde fechou contrato para 10 milhões de doses, sendo que 400 mil doses já estavam previstas no cronograma de abril.
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica “The Lancet”. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
Em outro estudo, ainda não revisado, os desenvolvedores analisaram como a vacina se comporta na população em geral, e chegaram ao dado de efetividade da proteção. De acordo com o Instituto russo de pesquisa Gamaleya e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), a efetividade foi de 97,6% em uma análise da situação de 3,8 milhões de vacinados.
A Sputnik V usa a tecnologia de vetor viral. Nesse tipo de vacina, um outro vírus (o adenovírus) “leva” o material genético do coronavírus, o RNA, para dentro do nosso corpo. Mas esse adenovírus é modificado para não conseguir se reproduzir. Por isso, ele não causa doença.
Os cientistas russos explicam que usar adenovírus diferentes pode ajudar a criar uma resposta imunológica mais poderosa – em comparação ao uso do mesmo vetor duas vezes –, pois diminui o risco de o sistema imunológico desenvolver resistência ao vetor inicial.
Contrato e eficácia
Governo federal e ao menos nove estados têm acordos para compra de milhões de doses do imunizante. Em março de 2021, o Ministério da Saúde fechou contrato para 10 milhões de doses, sendo que 400 mil doses já estavam previstas no cronograma de abril.
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica “The Lancet”. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
Em outro estudo, ainda não revisado, os desenvolvedores analisaram como a vacina se comporta na população em geral, e chegaram ao dado de efetividade da proteção. De acordo com o Instituto russo de pesquisa Gamaleya e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), a efetividade foi de 97,6% em uma análise da situação de 3,8 milhões de vacinados.
A Sputnik V usa a tecnologia de vetor viral. Nesse tipo de vacina, um outro vírus (nesse caso, o adenovírus) “leva” o material genético do coronavírus, o RNA, para dentro do nosso corpo. Mas esse adenovírus é modificado para não conseguir se replicar (reproduzir). Por isso, ele não causa doença.
Os cientistas russos explicam que usar adenovírus diferentes pode ajudar a criar uma resposta imunológica mais poderosa – em comparação ao uso do mesmo vetor duas vezes –, pois diminui o risco de o sistema imunológico desenvolver resistência ao vetor inicial.