Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo do Estado do Rio Grande do Sul tem larga tradição em programas imunizadores de várias doenças. Com efeito, a partir da gestão do governador Euclides Triches (1971 a 1975), de quem fui Secretário da Saúde e dirigi excelente equipe de sanitaristas, o Rio Grande do Sul tornou-se a primeira unidade federada que comunicou ao Ministério da Saúde, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização Panamericana da Saúde (OPAS) que a varíola havia sido erradicada desta porção meridional.
A partir de então, as campanhas de vacinação incluíram a imunização em massa da difteria, tétano, coqueluche, sarampo, rubéola, paralisia infantil (três doses), o que aumentou significativamente o espectro de cobertura em relação a tais doenças.
Em 1974, sobreveio surto epidêmico de meningite meningocócica, que foi pronta e eficazmente combatido via importação de vacinas provindas de Paris, por expressa determinação do Governador Triches, tendo as doses sido aplicadas em tempo adequado,abrangendo todos os municípios do Estado.
Registro indispensável: a partir de 1974, foi introduzida a vacinação BCG – Intradérmico, contra a tuberculose (primeiro Estado da federação a implantar tal programa no Brasil), como requisito obrigatório, via lei específica, para a matrícula de crianças na primeira série do Primeiro Grau.
A expertise desenvolvida há mais de 40 anos, em nossas plagas, para o desenvolvimento de campanhas maciças de imunização, é garantia de que, em havendo vacinas disponíveis, poder-se-á debelar esse flagelo que tem sido a pandemia advinda com o COVID-19.
Jair Soares, ex-governador do RS, ex-ministro de Estado da Previdência e ex-Secretário da Saúde (1971 a 1979)
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