Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 28 de abril de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Bastou o presidente Jair Bolsonaro anunciar que o Brasil atingiu e manteve entre segunda e sexta, a meta prometida pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde) de aplicar um milhão de doses contra Covid-19 por dia na população, alcançando pico de até, 1,7 milhão, que por coincidência, o Instituto Butantan, que segue as ordens do governador tucano João Doria, interrompeu a entrega de vacinas ao Ministério da Saúde esta semana. A promessa é de que, apenas na próxima segunda-feira, serão feitas novas entregas, reduzindo a média diária de vacinação que vinha em alta.
Quase 13 milhões recuperados da covid
Ontem, o painel da transparência do Ministério da Saúde indicava que 12.992 milhões de brasileiros foram recuperados da covid-19, dos 14.441 milhões infectados.
Senador quer investigação de Estados do Nordeste
Logo após instalada a CPI da Pandemia, com o senador Omar Aziz (Amazonas) na presidência, e o enrolado Renan Calheiros (Alagoas) relator, ficou evidente que dificilmente esta deixará de apurar as denúncias envolvendo governadores e prefeitos na gestão dos recursos enviados pelo Governo Federal para a gestão do combate à epidemia.
O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) já solicitou à CPI que seja investigada a compra milionária e a não entrega de respiradores encomendados por governadores de Estados nordestinos através do chamado Consórcio Nordeste para apurar a compra de 300 ventiladores clínicos de UTI, por mais de R$ 48 milhões, junto à empresa Hempcare, que não distribuiu para todos os Estados nordestinos a totalidade dos equipamentos essenciais para a sobrevivência de pacientes com covid-19, pagos com antecedência. A compra foi alvo da chamada Operação Ragnarok, da Polícia Civil da Bahia.
Encontro do governador gaúcho com Renan Calheiros
Ontem, o governador Eduardo Leite foi a Brasília, antecipou-se e, antes de ser questionado, reuniu-se com o relator da CPI, Renan Calheiros, logo após a sua indicação para a relatoria. Foi, entregar ao senador, uma série de documentos com dados sobre o uso de recursos do Governo Federal para combate à epidemia no Rio Grande do Sul.
A deputada federal CarlaZambelli (SP) considerou a situação incomum:
“Alguém acha normal um governador de Estado”, e de um dos Estados com mais mortes por covid-19 por milhão – reunir-se precisamente com o relator de uma CPI que deverá investigar também o destino de repasses da União a estados, justo no dia da instauração?
Decreto muda bandeira no RS
O novo decreto do governador Eduardo Leite, trocando todas as regiões do Estado da bandeira preta para bandeira vermelha e proibindo a cogestão dos municípios, pode ter sido o fim do sistema de bandeiras no Rio Grande do Sul, sistema que teve como guru, o professor de educação física Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas.
Ontem, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, se declarou frustrado com a forma como são determinadas as bandeiras. O prefeito colocou à disposição do comitê cientifico do governo estadual “o melhores técnicos da prefeitura para encontrar um melhor modelo”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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