Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2021
Ricardo Salles nega envolvimento na exportação ilegal de madeira
Foto: José Cruz/Agência BrasilO ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta quarta-feira (19) que a operação da PF (Polícia Federal) que investiga a exportação ilegal de madeira para os EUA e a Europa foi “exagerada” e “desnecessária”. Segundo ele, o ministério atua com “respeito às leis.”
Salles afirmou que o inquérito da PF levou a erro o relator do caso, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Salles e o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Eduardo Bim, são alvos da operação deflagrada na manhã desta quarta.
O ministro do STF também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Salles, o afastamento preventivo de Bim do comando do Ibama e o de outros nove agentes públicos que ocupavam cargos e funções de confiança na área ambiental.
Moraes afirmou que um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indiciou “movimentação extremamente atípica envolvendo o escritório” do qual Salles é sócio.
“Vou fazer aqui uma manifestação de surpresa com essa operação que eu entendo exagerada, desnecessária. Até porque todos, não só o ministro, como todos os demais que foram citados e foram incluídos nessa investigação estiveram sempre à disposição para esclarecer quaisquer questões. O Ministério do Meio Ambiente, desde o início da gestão, atua sempre com bom senso, respeito às leis, respeito ao devido processo legal”, disse Salles a jornalistas.
Ele negou irregularidades. “Entendemos que esse inquérito, o pouco que sabemos, que não tive acesso ainda, ele foi instruído de uma forma que acabou levando o ministro relator, induzindo o ministro relator a erro. Induzindo justamente a dar impressão de que houve ou que teria havido, possivelmente, uma ação concatenada de agentes do Ibama e do ministério para favorecer ou para fazer o destravamento indevido do que quer que seja”, declarou o ministro do Meio Ambiente.
Durante a Operação Akuanduba, 160 policiais federais cumpriram 35 mandados judiciais no Distrito Federal, no Pará e em São Paulo.