Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2015
A ex-prefeita da cidade maranhense de Bom Jardim, Lidiane Leite, recebeu nesta semana a visita de familiares e do namorado no alojamento do quartel do Corpo de Bombeiros, em São Luís, a capital do Estado, onde está presa desde 28 de setembro, após se entregar na sede da Superintendência da Polícia Federal. Ela teve a prisão decretada por suspeita de desvio de recursos públicos da área da educação.
Namorado misterioso.
Por volta de 10h, Lidiane recebeu a primeira visita que foi de uma prima. Ela deixou ao Corpo de Bombeiros 50 minutos depois. A ex-integrante do PRB, e que agora está sem partido, também recebeu a visita, por aproximadamente uma hora, de um homem que seria o seu atual namorado. Ele não foi identificado.
Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros, Lidiane entregou uma lista com sete nomes de possíveis visitantes. O acesso à detenta só é permitido duas vezes por semana, às terças-feiras e quintas-feiras, das 9h às 11h e das 15h às 17h.
Esconderijo: aldeia indígena.
A primeira visita recebida pela ex-prefeita foi da mãe, Marlene Leite, que chegou acompanhada de um homem e este levava uma bolsa térmica. A ex-prefeita de Bom Jardim ficou foragida por 39 dias. Em depoimento à Polícia Federal, ela disse ter ficado escondida em uma aldeia indígena.
“Ela disse que estava em uma aldeia indígena de Bom Jardim, mas essa possibilidade a gente acredita que é remota, e a gente acredita que ela possa estar tentando esconder uma pessoa que pudesse estar ajudando”, afirmou o delegado federal Ronildo Lajes, responsável pelo caso. A declaração gerou revolta nos líderes indígenas que negaram a informação. “O que ela está querendo fazer é sujar a nossa imagem, a imagem da comunidade”, disse Francisco Guajajaras, cacique da aldeia Januária.
Sem privilégios.
O procurador da República no Maranhão Galtiênio da Cruz Paulino pediu que o juiz Federal José Magno Linhares reconsidere a decisão de permitir que Lidiane fique presa no alojamento do quartel do Corpo de Bombeiros. Para o procurador, a ex-prefeita não se enquadra nas hipóteses legais que garantem o benefício da prisão especial.
Nesta semana, a juíza Ana Maria Almeida Vieira, que integra a Vara de Execuções Penais de São Luís e é corregedora dos Presídios, chegou a determinar que Lidiane fosse transferida para a Penitenciária Feminina do Complexo de Pedrinhas. A decisão foi derrubada pelo magistrado federal, pois em seu entendimento a Penitenciária Feminina de Pedrinhas é um risco à integridade da ex-prefeita.
Depressão.
Uma fonte que pediu para ter a identidade preservada disse que a ex-prefeita estaria assustada no alojamento. “Ela está o tempo todo deitada, triste o tempo todo, assustada e com a mesma roupa preta”, revelou. (AG)