Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2021
Flordelis nega envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo
Foto: Fernando Frazão/ABrO Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (08), por 16 votos a um, cassar o mandato da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).
Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), apresentado na semana passada. O único que votou a favor de Flordelis foi Márcio Labre (PSL-RJ).
O plenário da Casa ainda precisa dar a palavra final sobre a cassação. Para que Flordelis perca o mandato, são necessários 257 votos, isto é, a anuência da maioria absoluta dos deputados. Ainda não há data para a votação, e Flordelis poderá recorrer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa.
Ela responde na Justiça por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
A deputada, contudo, não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar, por meio da qual somente flagrantes de crimes inafiançáveis são passíveis de prisão.
Antes da votação no Conselho de Ética, Flordelis negou o crime e pediu para que os deputados não votassem a favor da cassação. “Mesmo que não acreditem na minha inocência, peço que parem de me aviltar e me permitam um julgamento digno”, disse. “Eu não matei meu marido, eu não matei Anderson do Carmo. Não mandei matar meu marido, não avalizei nenhum dos meus filhos a praticarem tal crime”, declarou.
A parlamentar disse ainda que acredita que será inocentada no tribunal do júri que irá analisar o seu processo.