Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2021
Jogando em Assunción na noite desta terça-feira (8), a Seleção Brasileira venceu o Paraguai por 2 a 0, em partida válida pela oitava rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. O resultado – com gols de Neymar e Lucas Paquetá – mantém a equipe “Canarinho” na liderança sul-americana do torneio classificatório, com 18 pontos – seis a mais que a Argentina, segunda colocada.
A noite também marcou o fim de um jejum brasileiro: 35 anos sem bater o Paraguai na capital do país vizinho. A última vez em que isso havia acontecido foi em 1985, quando o time verde-e-amarelo aplicou por 2 a 0, com gols do meia Zico e do atacante Casagrande – este último aparando de cabeça um cruzamento do ponta-direita Renato Portaluppi.
O Brasil só volta a campo pelas Eliminatórias em setembro. Antes, têm pela frente a Copa América, com início previsto para este domingo (13) no País, salvo decisão em contrário: nesta quinta-feira (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará ações que pedem o cancelamento do evento em território nacional, por causa da pandemia de coronavírus.
Caso haja um sinal-verde por parte dos ministros da Corte, a abertura da competição continental será realizada às 18h no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O duelo será entre Brasil e Venezuela.
O confronto
O enfrentamento começou agitado no estádio Defensores del Chaco. Aos 3 minutos, Gabriel Jesus foi lançado na lateral direita e cruzou. Richarlison não alcançou a bola, mas Neymar aproveitou a sobra para abrir o placar. Brasil 1 a 0.
Aos 7 minutos, os donos da casa contra-atacaram com Alderete chutando forte da intermediária e obrigando Ederson a fazer uma defesa difícil. Em seguida, o confronto acabou ficando mais truncado, mas antes do fim do primeiro tempo, Richarlison foi lançado na frente e mandou para a rede. Gol foi anulado por impedimento, confirmado pelo VAR.
Na etapa complementar, o Brasil voltou com Lucas Paquetá no lugar de Fred. E levou um susto aos 2 minutos com Gustavo Gómez subindo mais que todo mundo após cobrança de lateral na área, mas a bola parou no goleiro Ederson.
Após a chance paraguaia, quem acumulou chances perdidas foi a equipe de Tite, quase ampliando com Marquinhos e Neymar. O Paraguai crescia na partida quando o comandante brasileiro promoveu mais alterações, com o ingresso de Firmino, Gabigol e Everton Cebolinha.
Após algumas tentativas paraguaias, quem voltou a marcar foi a Seleção: Paquetá recebeu assistência de Neymar e ampliou a vitória por 2 a 0, no último minuto.
Ficha técnica
— Paraguai: Antony Silva, Robert Rojas (Alberto Espínola), Gustavo Gómez, Alderete, Júnior Alonso, Gastón Giménez (Ávalos), Ángel Cardozo (Bareiro), Villasanti (Óscar Romero), Arzamendia, Almirón, Ángel Romero (Samudio). Técnico: Eduardo Berizzo.
— Brasil: Ederson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos, Alex Sandro, Casemiro, Fred (Lucas Paquetá), Neymar, Gabriel Jesus (Everton), Roberto Firmino (Douglas Luiz) e Richarlison (Gabriel). Técnico: Tite.
— Arbitragem: Patrício Loustau, da Argentina, auxiliado por Ezequiel Brailovsky e Gabriel Chade, ambos da Argentina.
Protesto
Após a partida, o elenco da Seleção Brasileira divulgou um manifesto sobre a realização da Copa América no Brasil. A mensagem, que vinha sendo esperada nos últimos dias, foi publicada por meio de nota conjunta nas redes sociais e inclui críticas à Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol). Confira a íntegra do protesto:
“Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.
Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil. Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.
É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia mídia estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.
Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira”.