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Por Redação O Sul | 10 de junho de 2021
Também houve redução de 25% nos latrocínios
Foto: Grégori Bertó/SSPPelo sétimo mês consecutivo, o Rio Grande do Sul registrou redução no principal indicador de criminalidade do Estado. O número de vítimas de homicídio em maio caiu 29% na comparação com igual período de 2020, passando de 176 para 125.
No acumulado desde janeiro, a queda é de 20,2%, com uma soma de 673 óbitos contra os 843 registrados do primeiro ao quinto mês do ano anterior. Em ambos os recortes, o dado atual é o menor desde 2007. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (10) pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), mostram que o planejamento do RS Seguro é o principal fator para aprofundar as reduções recordes verificadas nos últimos dois anos.
O foco territorial aplicado pelo programa, com a concentração de esforços para combate ao crime nos locais onde ele mais se faz presente, impacta na diminuição dos indicadores como um todo.
Dos 23 municípios priorizados pelo RS Seguro, 16 municípios fecharam o mês com queda ou estabilidade no número de assassinatos. Oito encerram maio sem nenhum homicídio: Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Capão da Canoa, Farroupilha, Ijuí, Lajeado, Rio Grande e Sapucaia do Sul. Em Farroupilha, é o quarto mês consecutivo sem assassinatos na cidade. O indicador está zerado há dois meses em Capão da Canoa e Lajeado.
“Depois de um momento mais acentuado de distanciamento ao longo de 2020 em razão da pandemia da Covid-19, estamos agora em um momento de quase normalidade, com as pessoas já tendo retomado praticamente todas as suas atividades. Mesmo assim, seguimos reduzindo os indicadores. Importante salientar que já havíamos reduzido em 2019 e repetimos o resultado em 2020. Ou seja, estamos no terceiro ano de diminuição, num trabalho constante após a implementação do nosso programa estruturante e transversal, o RS Seguro”, comentou o vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
Outro destaque é o município de Alvorada, também integrante do bloco, que apresentou a maior retração de homicídios em maio. O número de assassinatos na cidade caiu de 17, no quinto mês de 2020, para 4, em igual período deste ano, o que representa diminuição de 76% ou 13 vidas preservadas.
O impacto da estratégia também se impõe quando observado o indicador no acumulado de cinco meses. As 10 maiores quedas de homicídio, na comparação de períodos deste ano e do anterior, ocorreram em municípios priorizados pelo programa. Além disso, o conjunto de 23 municípios elencados pelo RS Seguro para monitoramento intensivo pela Gestão de Estatística em Segurança foi responsável por 72,9% da redução de homicídios em todo o Rio Grande do Sul – significa que a cada 10 homicídios a menos, sete deixaram de ocorrer nas cidades priorizadas.
Em Porto Alegre, que lidera o ranking de reduções de homicídios desde o início do ano, o recorde positivo foi mais uma vez quebrado. A comparação do acumulado em cinco meses mostra queda de 18,1% na soma de vítimas de assassinato, de 138 em 2020 para 113 neste ano – o menor total da década. Em maio, houve uma vítima a menos que no mesmo mês de 2020, passando de 27 para 26 (-3,7%).
Conforme o secretário-executivo do programa RS Seguro, delegado Antônio Padilha, o rápido e constante reflexo na redução dos indicadores é resultado da metodologia para acompanhamento contínuo e sistematizado das evidências estatísticas que orientam o foco territorial das ações na ponta de forma integrada.
“Sem dúvida nenhuma, uma ação muito bem articulada entre os órgãos de Segurança Pública, e agora também da Administração Penitenciária, juntando os esforços e concentrando as ações estratégicas nessas localidades definidas a partir de análises técnicas e científicas, com métricas muito bem estabelecidas, tem sido um grande diferencial”, afirma Padilha.
Número de latrocínios no RS em maio é o menor da série histórica
Outro crime que apresentou redução recorde em maio no Rio Grande do Sul foi o latrocínio, que atingiu o menor número para o mês em toda a série histórica de contabilização, iniciada em 2002. Foram registrados três casos em todo o Estado, um a menos (-25%) que no mesmo período do ano passado. A comparação com o pico de ocorrências, justamente no primeiro ano do monitoramento, com 16 casos, o dado atual representa uma redução de 81,3%.
Além do alto índice de elucidação, que nos últimos anos tem se mantido entre 80% e 90% dos casos investigados, o aprofundamento na redução de latrocínios está relacionado com a retração também constante nos crimes patrimoniais como roubo de veículos e ataques a transporte coletivo, geradores dos roubos com morte.
Na leitura acumulada desde janeiro, a soma de latrocínios no Estado também é a menor desde o início da série histórica. O total de delitos em cinco meses baixou de 28, no ano passado, para 25, neste ano, o que representa retração de 10,7%. Frente ao pico de casos entre janeiro e maio, ocorrido em 2016, quando houve 84 roubos com morte, o dado atual significa uma diminuição de 70,2%.
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