Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2021
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que as condições locais devem ser levadas em consideração se um país pretende permitir que as pessoas vacinadas contra a covid-19 não usem máscaras em público.
“No caso de um país que deseja eliminar a obrigatoriedade da máscara, isso só deve ser feito no contexto de considerar tanto a intensidade de transmissão na área quanto o nível de cobertura vacinal”, disse o especialista em emergências da OMS, Mike Ryan.
O alerta foi feito em seguida à decisão dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA que liberaram pessoas totalmente vacinadas contra a doença da obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre e também em ambientes internos, na maior parte dos locais.
O acelerado ritmo de vacinação dos Estados Unidos trouxe segurança para o país afrouxar mais medidas de contenção da pandemia da covid-19. No final de abril, o CDC havia liberado passeios ao ar livre sem máscaras e em reuniões com poucos amigos e familiares, respeitando o distanciamento social e evitando aglomerações.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um “parecer” para desobrigar o uso de máscaras por quem estiver vacinado contra a covid ou por quem já tiver contraído a doença.
O ministro informou ter recebido do presidente o pedido de um estudo sobre as máscaras, mas especialistas consideram a medida uma temeridade neste momento crítico da pandemia no País.
Bolsonaro deu a declaração ao discursar durante solenidade de lançamento de programas do Ministério do Turismo. O presidente usou máscara antes e depois do evento — ele só retirou a proteção para discursar.
Depois de participar do evento no Planalto, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo em uma rede social e voltou a falar no assunto.
Durante a live, disse que não impôs “nada” ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas que pediu o estudo sobre as pessoas poderem transitar sem máscara.
“Eu falei com o Queiroga agora. Não impus nada a ele. Se bem que também tenho que dar minhas ‘piruadas’ aí, no bom sentido. ‘É possível a Saúde apresentar um estudo aí da desobrigatoriedade da máscara para quem já foi vacinado ou para quem já foi contaminado e curado, poxa?’. Ele falou: ‘É possível, é possível’. Vamos fazer isso. Vamos ficar reféns de máscara até quando? Está servindo para multar gente, pessoal. Está servindo para multar. Eu fui ameaçado agora de multa em São Paulo”, declarou.