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Colunistas O Estado que (des)governa

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Por Felipe Morandi, empresário e associado do IEE – Instituto de Estudos Empresariais

É triste analisarmos o que foi feito com o nosso País e com o nosso Estado. Em nível federal, os governantes parecem que estão cercados em uma verdadeira muralha para propositalmente se isolarem da população, insatisfeita com o cenário de crise e suas consequências, já sentidas no cotidiano de cada um – exatamente como o fizeram no desfile do 7 de Setembro, que marca a independência do Brasil. Em âmbito local, um Estado completamente quebrado e desnorteado em suas ações atrasa salários de servidores e faz esvair a já precária segurança pública.

A muralha de Brasília, como permito-me apelidá-la, parece que vem sendo derrubada pela sociedade civil, que não mais aceita a elevação da carga tributária e a corrupção institucionalizada que impera na capital federal. Felizmente, a população demonstra que não mais acredita nas falácias de um governo fadado ao fracasso e que, ainda assim, demonstra um apetite insaciável para arrecadar mais e mais tributos, assaltando diuturnamente os bolsos dos cidadãos para levar a cabo políticas supostamente “públicas”. Julgam-se entidades superiores, que nasceram com o precioso dom de saber o que fazer com o nosso dinheiro e onde aplicá-lo com mais eficiência. Olvidam que o Estado deve ter atuação limitada, voltada basicamente à segurança e educação.

No Rio Grande do Sul, como dito, amargamos dívida astronômica com a União e outras tantas dívidas quase impagáveis contraídas ao longo de gestões temerárias e pouco preocupadas com o nosso futuro. O acúmulo de dívidas pode ser explicado pelo permanente anseio dos governantes de, a cada dia, agregar novas funções e responsabilidades ao Estado. A ineficiência de um modelo estatal pesado e demasiadamente grande nos levou à situação atual e, por certo, nos conduzirá a tempos ainda mais difíceis. De fato, não podemos acreditar que esses mesmos governos – refiro-me aqui em um sentido amplo, livre de preferências partidárias –, que repetem modelos e práticas ultrapassadas, tenham a solução para nos retirar do buraco em que nos meteram. Pelo menos não sem a adoção de medidas ousadas e necessárias, como a privatização imediata de estatais ineficientes.

A única solução para inverter esse modelo falido e fadado ao insucesso é a nossa conscientização de que precisamos exigir, com urgência, a diminuição do tamanho do Estado e de sua capacidade de intervenção econômica, social e regulatória. Não nos enganemos, o discurso intervencionista sobre o qual se apoiam todos os agentes políticos pode parecer muito atrativo e cômodo. Todavia, como mostra a realidade, o nosso (des) governo atual é uma prova cabal de que o Estado não deve se arrogar autoridade e coerção para interferir nas relações particulares. Todos nós somos capazes de autodeterminarmos e definirmos nosso futuro sem precisar de estruturas estatais ineficientes, invariavelmente corruptas e demasiadamente caras. Não deixemos que terceirizem nossa própria vontade. Busquemos a liberdade econômica e individual que tanto nos falta para levar o Rio Grande e o Brasil em frente.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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