Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de julho de 2021
Na tarde desta segunda-feira (12), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, divulgou os resultados da pesquisa de opinião sobre as consequências da pandemia no aprendizado de crianças e adolescentes. A cerimônia aconteceu no Salão Júlio de Castilhos e foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Assembleia. O estudo executado pelo Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO) ouviu os gaúchos para entender as suas percepções sobre a educação no contexto da Covid-19.
A pesquisa teve dois principais objetivos: compreender a percepção sobre as aulas remotas na educação básica durante a pandemia e mapear a necessidade de leis/regras que ajudem na retomada das aulas presenciais, minimizando os efeitos da pandemia na educação. Para isso, foram feitas 1.500 entrevistas presenciais em oito regiões do estado entre os dias 19 e 24 de junho.
Quando questionados sobre o retorno do ensino presencial, 55,8% dos gaúchos acreditam que as aulas presenciais deveriam retornar apenas após a vacinação de toda população. Já 20,7% dos entrevistados acham que as aulas deveriam ser retomadas após a vacinação dos professores e funcionários. E 23,5% acreditam que as aulas deveriam ser mantidas, sempre que possível.
“Os pais de escolas privadas são mais favoráveis ao retorno a sala de aula, enquanto os pais de escolas públicas possuem mais preocupação. Nós temos que ter empatia as condições dessas famílias, os pais de escolas públicas se preocupam com a estrutura das escolas e imaturidade dos filhos para o retorno”, destacou a cientista social e política, diretora do IPO, Elis Radmann.
O presidente da Assembleia Legislativa Gaúcha, deputado Gabriel Souza (MDB), apresentou propostas que poderão ser transformadas em ações legislativas para amenizar os impactos negativos nas diferentes redes de ensino, estudantes e professores. “Primeiro na questão do esforço escolar, para mitigar o problema da baixa aprendizagem gerada pelo ensino remoto durante o ano passado, principalmente. O segundo ponto é a questão da segurança sanitária para que as aulas continuem presenciais. E por fim, a questão híbrida, mesmo que as aulas voltem a ser presenciais, que é o nosso desejo e defesa, o hibridismo nunca mais vai sair da cena da educação”, afirmou Souza.
Participaram do evento de forma presencial, o presidente do Legislativo, deputado Gabriel Souza (MDB), a cientista social e política, diretora do IPO, Elis Radmann, os deputados Carlos Búrigo e Beto Fantinel, presidente e vice-presidente da Comissão de Educação, respectivamente. De forma virtual, acompanharam a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) e jornalistas. A pesquisa completa você pode conferir, clicando aqui.
O levantamento integra as ações da Presidência da ALRS com o projeto “O RS Pós-Pandemia”. A primeira fase consistiu em um debate que reuniu especialistas em educação em maio. Já a segunda etapa compreendeu a aplicação e divulgação da pesquisa sobre as tendências apontadas pelos educadores e, por fim, será feita a entrega de um pacote de ações legislativas. O ciclo de debates promoveu também discussões sobre economia e saúde. O próximo tema será desigualdade social, agendado para agosto.