Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2021
Desde outubro do ano passado, é a primeira vez que não há Estados com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS superiores a 80%.
Foto: Fabrícia Costa/CRS/DivulgaçãoA última edição do Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quarta-feira (11), apontou que o Brasil alcançou o melhor cenário na taxa de ocupações de leitos destinados ao tratamento da doença desde outubro de 2020, com todos os Estados com números de ocupação abaixo de 80%. O Rio Grande do Sul está em 57%.
Segundo o levantamento, é a primeira vez que não há Estados com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS iguais ou superiores a 80%. Ao todo, são 14 com taxas de ocupação de leitos inferiores a 50%.
Atualmente, apenas cinco Estados estão na zona de alerta intermediário, com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80% de ocupação de leitos. No último boletim divulgado pela Fiocruz, em julho, todos os Estado estavam com suas taxas de ocupação abaixo de 90%.
Dois desses Estados só estão nessa faixa de risco por conta da redução de leitos destinados à doença, o que já vem ocorrendo em diversos locais.
A análise constatou ainda que o número de óbitos reduziu 1,1% em relação à semana anterior. A incidência de novos casos, ao mesmo tempo, diminuiu 0,8% por dia.
“É o melhor quadro que a gente tem desde que acompanha esse indicador. Nós começamos a fazer isso em junho do ano passado. E desses cinco Estados que estão na zona intermediária, a gente percebe que Roraima e Rondônia estão fazendo um gerenciamento de leitos. E esse aumento que teve não foi por conta do aumento do número de casos, mas provavelmente por uma redução do número de leitos, em função da observação que a demanda caiu”, disse Margareth Portela, pesquisadora da Fiocruz.
Vacinação
Os pesquisadores responsáveis pelo boletim acreditam que esse resultado positivo é reflexo do avanço da campanha de vacinação em todo o País. Ainda assim, a orientação é manter as medidas de segurança e ter cuidado com aglomerações.
“A gente continua com o vírus circulando, a gente ainda teme o surgimento de variantes, a variante delta ela tem desafiado muitos países com vacinação em estágio avançado. Então, continuamos tendo muito cuidado”, comentou Margareth Portela.
Situação nas capitais
Apesar dos dados positivos na grande maioria dos Estados, a situação de grandes capitais ainda preocupa. No Rio de Janeiro, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados aos pacientes adultos com Covid está em 97%. Em Goiânia, a taxa de ocupação está em 92%. Porto Alegre está em 59%.
O estudo ressalta ainda que o número de casos (média de 33.400 novos por dia) e de óbitos (910 por dia) são ainda muito elevados. Além disso, segundo o levantamento, a taxa de positividade dos testes permanece alta, o que mostra a intensa circulação do vírus.