Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2021
Autor do pedido de auditoria do resultado das eleições presidenciais em 2014, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi criticado nas redes sociais após 14 dos 32 parlamentares votarem a favor do voto impresso, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. Outros 12 deputados votaram contra a medida e cinco se ausentaram da votação.
Uma das críticas partiu do influenciador digital Felipe Neto, que chegou a citar que o PSDB é patético. O post ultrapassa 36 mil curtidas.
Outro internauta associou o partido às ideologias pregadas por Bolsonaro, afirmando que “todo bolsonarista já votou no Aécio e no PSDB um dia”.
Nas redes, também houve críticas ao deputado federal Aécio Neves, que foi o único a se abster na votação da proposta de emenda à Constituição (PEC). No Twitter, internautas comentaram a incoerência do parlamentar, que em 2014 defendeu as urnas eletrônicas e, desta vez, “ficou em cima do muro”.
A quantidade de votos a favor do voto impresso por parte do PSDB também surpreendeu, pois, na terça-feira (10), o partido havia decidido refutar a possibilidade de aprovação da PEC. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional do partido. O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, chegou a afirmar que “discutir a mudança no sistema de votação partindo da falsa premissa de eleições fraudadas é um desserviço à democracia brasileira”.
Após a votação, Alexandre Frota (PSDB-SP) lamentou os 14 votos favoráveis ao voto impresso. O deputado, que antes era apoiador de Bolsonaro, ressaltou ser opositor do presidente e que acompanhará os parlamentares que votaram contra as urnas eletrônicas e irão se eleger nas próximas eleições a partir delas.
Entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, houve críticas diretas aos tucanos que votaram contra a PEC. O deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP) rebateu o pronunciamento do deputado federal Carlos Sampaio, um dos vice-líderes do PSDB na Câmara, a favor das urnas eletrônicas. No plenário, ele relembrou o pedido do PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para realização de uma auditoria nas urnas após a vitória da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves.
Diniz escreveu ainda que é preciso “acabar com o PSDB no Estado de São Paulo”.
De saída
Depois de o PSDB de São Paulo anunciar que fará as prévias no Estado no mesmo dia e com regras idênticas às prévias nacionais, o ex-governador Geraldo Alckmin disse a aliados que deve deixar o partido e se filiar ao PSD. O tucano pretende se candidatar a governador de São Paulo nas eleições de 2022, mas não quer enfrentar a disputa interna com as regras colocadas.
O evento foi agendado para o dia 21 de novembro. O registro dos candidatos deve ser feito até o dia 20 de setembro.