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Saúde Planeje seu futuro: entenda como funciona o banco de sêmen

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Congelamento de sêmen é uma opção de criopreservação que garante e prolonga a fertilidade masculina por tempo indeterminado. (Foto: Reprodução)

O banco de sêmen é comumente conhecido por ser utilizado em processos de reprodução assistida, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro, ou quando o paciente realizará uma vasectomia mas deseja ter filhos futuramente. A criopreservação desse material biológico, porém, não é vantajosa somente para esses casos.

Existem algumas situações que podem colocar em risco a fertilidade do homem, e o congelamento de sêmen é uma maneira segura de prolongar a fertilidade por tempo indeterminado.

A fertilidade masculina pode ser comprometida quando o paciente:

— Tem câncer, pois o tratamento, como a quimioterapia e a radiação, ou a própria doença podem prejudicar a produção ou qualidade dos espermatozoides;

— Foi ou será submetido a uma cirurgia no testículo, próstata, medula espinhal ou na região retroperitoneal, pois o procedimento pode interromper a ejaculação anterior;

— Faz ou fará uso de medicamentos que podem afetar a produção de espermatozoides, como remédios para calvície;

— Possui parâmetros de sêmen gravemente prejudicados (resultado obtido através do espermograma);

— Tem alguma deficiência física que impede a obtenção de espermatozoides por meios naturais;

— Exerce alguma ocupação de alto risco;

— Será submetido a tratamento hormonal e/ou cirúrgico para mudança de sexo;

— Possui doenças degenerativas ou varicocele;

— Faz tratamento contra infecções virais.

Nesses casos, o banco autólogo de sêmen, ou seja, quando o material biológico criopreservado é do próprio paciente, é um método de preservar a fertilidade. Assim, caso seja preciso adotar algum procedimento de reprodução assistida no futuro, não haverá necessidade de recorrer ao banco público.

Coleta

Antes da coleta, o paciente deve realizar exames sorológicos e teste de Zika vírus e de doenças infecciosas, além de seguir as medidas de higiene orientadas pelo laboratório e manter uma abstinência sexual e de ejaculação de 2 a 7 dias.

Em alguns laboratórios o sêmen é coletado no próprio local, a fim de reduzir o risco de contaminação da amostra. Após a coleta, os parâmetros qualitativos e quantitativos do sêmen são analisados. Dependendo do resultado, o paciente pode ser solicitado para realizar mais coletas – por isso, a recomendação é que a abstinência sexual se estenda por mais 72 horas depois do procedimento.

A quantidade de células criopreservadas e o êxito do congelamento seminal variam de indivíduo para indivíduo. Isso porque fatores biológicos, como constituição genética, estado de saúde e exposição a agentes químicos, físicos ou farmacológicos, podem afetar a integridade do DNA espermático.

Após as etapas de coleta e criopreservação, o paciente recebe um relatório e os laudos dos exames laboratoriais realizados – que devem ser entregues ao médico fertileuta quando o tratamento de reprodução assistida for iniciado.

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