Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2021
Otan confirmou que houve um atentado terrorista
Foto: Reprodução de VídeoDuas explosões deixaram pelo menos 70 mortos e 140 feridos no aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, nesta quinta-feira (26). A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) confirmou tratar-se de um atentado terrorista.
Segundo o Pentágono, entre os mortos há 12 militares americanos e ao menos 15 agentes feridos. O ataque ocorreu após Estados Unidos, Reino Unido e Austrália alertarem para o risco de um atentado “iminente” no local.
O braço afegão do Estado Islâmico (EI-K) assumiu a responsabilidade do ataque, segundo a agência vinculada ao grupo extremista, Amaq News. O EI-K é mais radical do que o Talibã e criticou o acordo de paz responsável pela retirada estrangeira do Afeganistão.
EUA e Talibã ainda não atribuíram oficialmente o ataque a autores específicos. No entanto, o general do Exército dos EUA, Frank McKenzie, disse em entrevista coletiva que os terroristas responsáveis pelas explosões “pareciam ser membros do EI”.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III, lamentou as mortes dos militares que atuavam no controle do aeroporto em um comunicado, mas confirmou que a retirada continua. “Terroristas tiraram suas vidas no exato momento em que as tropas tentavam salvar a vida de outras pessoas”, escreveu Austin. “Não seremos dissuadidos da tarefa que temos em mãos.”
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que “condena veementemente o horrível ataque terrorista fora do aeroporto de Cabul”. “Nossa prioridade continua sendo evacuar o máximo de pessoas para um local seguro o mais rápido possível”.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que “o Emirado Islâmico condena veementemente o bombardeio de civis no aeroporto de Cabul, ocorrido em uma área onde as forças dos Estados Unidos são responsáveis pela segurança”.
O aeroporto internacional Hamid Karzai é a única porta de saída do país para milhares de estrangeiros e afegãos que tentam, desesperados, embarcar nos voos de retirada organizados pelos países ocidentais.