Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2021
A intenção de investimentos nos próximos seis meses é alta entre as indústrias gaúchas
Foto: Roberto Dziura Jr/SecomCom alta na produção e no emprego, a indústria gaúcha começou o segundo semestre deste ano em crescimento. Os índices, que variam de zero a cem pontos, atingiram 56,1 e 53,3 em julho, respectivamente, aponta a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta quinta-feira (26) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).
“Os resultados foram superiores aos esperados pela sazonalidade do período, sendo que o emprego registrou a 13ª expansão consecutiva, mas a elevação no preço dos insumos ainda é motivo de preocupação para o setor, e 75% das empresas reconhecem a falta ou o aumento no custo da matéria-prima como o principal problema no segundo trimestre”, disse o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry. A criação de vagas subiu em 18,5% das empresas.
Na avaliação das empresas consultadas, a UCI (Utilização da Capacidade Instalada) foi normal em julho, com o índice atingindo 50,3 pontos. A indústria gaúcha operou com 73% de sua capacidade, dois pontos percentuais abaixo de junho, mas três acima da média histórica do mês.
A sondagem registrou também um pequeno acúmulo nos produtos finais, conforme revela o índice de estoques em relação ao planejado, que chegou a 50,6 pontos, bem próximo dos 50, valor que representa o nível planejado pelas empresas. Ficou acima do programado em 21,1% das empresas e abaixo em 20,6%.
Projeções
As expectativas dos empresários para os próximos seis meses denotam perspectiva de crescimento, com todos os índices acima de 50 pontos. O índice de demanda cresceu 0,8 ponto, para 61,2, o de compras de matérias-primas avançou 2,1 e está em 60,1. O de exportações subiu 2,6, atingindo 56,7. O índice de expectativa do número de empregados ficou praticamente estável: 55,7 pontos.
A intenção de investimentos nos próximos seis meses é alta entre as indústrias gaúchas. Mesmo que o índice tenha caído em agosto, 1,3 ponto na comparação com julho, continua elevado – 60,1 pontos –, dez acima de sua média histórica. Em agosto, 65,3% mostram disposição de investir.
A pesquisa da Fiergs consultou 222 empresas, sendo 43 pequenas, 74 médias e 105 grandes.
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