Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2021
O Instituto Butantan liberou na manhã desta segunda-feira (30) mais 10 milhões de doses da Coronavac ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e informou que não conseguirá finalizar o envio dos 100 milhões de doses previsto até esta terça (31), conforme o planejado.
Com a entrega desse novo lote ao governo federal, o Butantan completou o repasse de 92,8 milhões de doses.
As vacinas enviadas na manhã desta segunda fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de doses do imunizante. O prazo final para o Butantan fornecer ao governo federal esse montante é 30 de setembro, mas o instituto tem afirmado que completaria a entrega antes disso, até 31 de agosto. O primeiro contrato, de 46 milhões de doses, foi concluído em 12 de maio.
Em coletiva de imprensa durante a liberação do lote, o diretor do Instituto, Dimas Covas, disse que o Butantan não vai conseguir completar a entrega das 100 milhões de doses nesta terça, conforme previsto e sustentado pelo governador João Doria (PSDB), e também pelo Instituto, até semana passada.
Ele admitiu que o prazo para a entrega total das doses foi adiado e não informou qual a nova data prevista.
“Não entregaremos as 54 milhões de doses até amanhã [terça]. Nós estamos reprogramando as entregas em virtude de dois fatos. O primeiro fato foi a própria manifestação do Ministério [da Saúde], que excluiu a vacina como sendo a vacina para a terceira dose. Então, isso muda um pouco a programação. Nós estamos reprogramando porque nós temos outros contratos a serem atendidos, outros estados, outros países, então nós estamos reprogramando, não vamos realizar as entregas das 54 milhões”, disse Dimas Covas.
Terceira dose
O Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses.
Os pacientes imunossuprimidos incluem por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.
Segundo o ministério, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer ou, de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral Janssen ou AstraZeneca.