Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 1 de setembro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Artrose, osteoartrite ou osteoartrose é a doença degenerativa do tecido cartilaginoso, isto é, do amortecedor das superfícies articulares.
A artrose vem do grego ARTROS (articulação) e OSE (desgaste).
A osteoporose é uma doença do tecido ósseo com perda progressiva da sua capacidade de sustentação, da sua massa óssea.
As artrites estão relacionadas ao tecido sinovial que produz o líquido que lubrifica as articulações.
As 3 são doenças completamente distintas, pois acometem diferentes tecidos e, portanto, diferenciados tratamentos.
Segundo a organização mundial da saúde (OMS), 80% da população mundial com mais de 50 anos tem artrose. Acima de 80 anos, todas pessoas são acometidas em maior ou menor grau.
Entre os diversos fatores etiológicos estão: predisposição genética, idade, obesidade, esportes de alto impacto, etc.
As articulações mais acometidas são as que suportam carga: coluna, quadril e joelhos.
Nas mãos, o engrossamento dos dedos, produzem os nódulos de Heberden que são característicos da patologia.
A artrose possui como principal manifestação clínica a dor. Ela é sobre a articulação acometida, mas pode ser irradiada, se for de origem vertebral.
É pior nos primeiros movimentos. É clássica, a rigidez matinal que melhora após alguns minutos de atividades ou exercícios.
Ainda fazem parte do quadro clínico: o calor, o inchaço, os estalidos e a crepitação!
Existe uma progressiva e vagarosa perda da capacidade funcional. Os sintomas se desenvolvem gradualmente ao longo de vários anos.
Há dificuldade para se agachar, subir ou descer escadas, colocar meias, cortar unhas e lavar os pés. É uma lenta e constante perda da qualidade de vida.
No tratamento é preciso entender que o tempo não para! É um desgaste natural!
As principais medidas preventivas são: em primeiro lugar EMAGRECER ou manter o peso corporal adequado (índice de massa corpórea normal), em segundo lugar manter os MÚSCULOS ATIVOS, saudáveis e fortes. Os músculos são os amortecedores do impacto articular.
Medidas menos importantes, mas evidentemente necessárias, são o uso de medicamentos analgésicos e antinflamatorios. Lembrar que eles não podem ser ingeridos por toda vida, pois haverá prejuízo na função hepática e renal!
As infiltrações (injeções intrarticulares) podem ser benéficas.
A fisioterapia, a mobilização articular sem dor, os alongamentos e a acupuntura também fazem parte do arsenal terapêutico. A suplementação com condroprotetores (glucosamina, condroitina, ácido hialurônico, colágeno) carecem ainda de comprovação científica da sua eficácia.
Finalmente, se todas medidas forem ineficazes, a terapêutica derradeira é a cirurgia: A artroplastia, isto é, a substituição das superfícies articulares por uma prótese artificial de metal, polietileno ou cerâmica.
Inúmeros trabalhos científicos atestam que a artroplastia total do quadril, talvez, seja a melhor cirurgia da história da Medicina: melhor custo-benefício com o melhor resgate da qualidade de vida!
Prof. Dr. Carlos Roberto Schwartsmann – médico e professor
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
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