Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2021
Média móvel de mortes apresenta queda no Estado. Na imunização, 40,5% da população já completou o ciclo vacinal.
Foto: ReproduçãoO Rio Grande do Sul notificou, neste sábado (11), mais 13 mortes por Covid-19. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o total de óbitos chega a 34.438 desde o início da pandemia, em março de 2020.
Das mortes incluídas na contagem de sábado, 12 ocorreram no mês de setembro e uma em 30 de agosto. As vítimas tinham entre 40 e 84 anos.
A média móvel de mortes dos últimos sete dias é de 18 registros, uma queda de 36% na comparação com duas semanas atrás. O número é semelhante aos observados no final de junho de 2020.
Também foram identificados 1.164 novos casos da doença no Estado. Ao todo, 1.419.078 pessoas se contaminaram com o vírus no RS. Dessas, 1.380.102 (97,3%) estão recuperadas e 4.445 (0,3%) em acompanhamento. A taxa de letalidade aparente é de 2,4%.
Um total de 7.781.457 pessoas já tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no RS, o equivalente a 67,8% da população.
A segunda dose das vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer já foram aplicadas em 4.345.780 pessoas. Somando com os 299.552 que receberam a dose única do imunizante Janssen, o estado tem 4.645.332 pessoas com o ciclo vacinal completo. Ou seja, 40,5% da população.
A porcentagem calculada pelo consórcio de veículos de imprensa considera a estimativa populacional do IBGE, que totaliza 11.466.630 habitantes no RS. Os números podem variar dos calculados pela SES.
Hospitalizações
O Rio Grande do Sul atende 1.846 pacientes em 3.340 leitos de terapia intensiva (UTI), uma ocupação de 55%. Do total, 563 estão com coronavírus ou a suspeita da doença, enquanto outras 1.283 pessoas estão internadas por outros motivos.
Nos leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), a ocupação é de 49%. Já na rede privada, a lotação das UTIs é de 75%.
Fora das UTIs, há 650 pessoas com coronavírus em leitos clínicos. A capacidade de atendimento para Covid dos 300 hospitais do Estado é de 7,3 mil vagas.
Delta
A variante Delta já representa 63% dos casos de Covid-19 no Brasil. O dado é da Rede Corona-ômica, formada por pesquisadores de todo o país e vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apurado a partir de amostras do novo coronavírus depositadas na plataforma internacional Gisaid nas últimas duas semanas.
De acordo com os pesquisadores, a linhagem originária da Índia já chegou a 24 estados e ao Distrito Federal.
No Brasil, a cepa Delta só não foi diagnosticada ainda no Acre e em Roraima, onde há casos em investigação. Quase a totalidade dos 37% restantes é de amostras da variante Gamma (P1), de Manaus.
Há registros ainda das linhagens Mu e Lambda, variantes de interesse da Organização Mundial de Saúde (OMS), e não de preocupação, como as demais. No entanto, a presença delas é residual.
Coordenador da rede Corona-ômica e professor da Feevale (RS), o virologista Fernando Spilki entende que a Delta repete no Brasil um padrão observado no exterior, e que o surto anterior da variante Gamma pode ter atrasado a disseminação da linhagem originária da Índia.
Outra razão apontada pelo pesquisador para um avanço mais lento da Delta é o elevado grau de produção de anticorpos provocado por vacinação recente contra a Covid-19.
Para analisar a situação por Estado em termos proporcionais, a rede tem utilizado o recorte dos últimos 45 dias, para garantir que todas a unidades da federação estejam representadas neste período, porque algumas não depositaram amostras no Gisaid em intervalos menores.
Nestas condições, com base em sequenciamentos realizados no período, o Rio de Janeiro tem mais casos da variante Delta: 85%, seguido por São Paulo, com 77%, Paraíba 76%, Santa Catarina 70% e Minas Gerais 42%.
O virologista destaca que o cenário pede atenção, porque não é simples prever o comportamento do vírus a partir do momento em que ele se torne prevalente em cada praça.
“Nós chegamos a ver uma elevação do número de casos no Rio depois que ultrapassou a barreira dos 50%, houve uma elevação momentânea, mas ela também não se manteve ao longo do tempo. Por enquanto, efetivamente, é difícil e vai variar com a situação epidemiológica de cada local. A gente não consegue cravar, como nós imaginávamos, um limite. O que a gente precisa é estar muito atento é à contagem de casos a partir de agora, que ela (Delta) domina o cenário em vários locais”, conclui Spilki.
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