Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 20 de setembro de 2021
Dona do monopólio do setor no Brasil e responsável por fixar aumentos escandalosos nos preços dos seus produtos, a Petrobras também contribui para outro tormento dos brasileiros: o alto valor da conta mensal de luz. A estatal é, hoje, um dos maiores investidores em termelétricas, com unidades espalhadas no País, gerando energia suja e muito cara, dez vezes mais cara que a energia gerada em hidrelétricas. As bandeiras tarifárias foram inventadas exatamente para remunerar as termelétricas.
Máquina de poder
Termelétricas apareceram na matriz energética no apagão de FHC. Deveriam ser extintas cinco anos depois, mas ficaram ricas e poderosas.
Negócio da China
As termelétricas são negócio da China: custam ao governo mais de R$20 bilhões por ano, ainda que não sejam acionadas.
O xis do problema
Com seus bilhões, o setor de termelétricas é acusado de lobby contra investimentos ou incentivos à geração de energia limpa e renovável.
Estratégia do atraso
Quem poderia investir em projetos de geração limpa (hidrelétrica, solar e eólica, por exemplo), acabou atraído pelos ganhos das termelétricas.
Prazo apertado deve inviabilizar Código Eleitoral
Para que novas regras valham para as próximas eleições, em 2 de outubro de 2022, o Congresso Nacional tem apenas 13 dias a partir desta segunda-feira (20) para aprovar o projeto do Código Eleitoral. É uma exigência constitucional que alterações na lei sejam feitas até um ano antes da eleição. Além do tempo exíguo, o projeto tem uma certa má vontade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que já demonstrou desgostar de alguns pontos, que devem ser alterados.
Desgosto
Advogado, Rodrigo Pacheco não gosta da volta das coligações partidárias e principalmente das “asas cortadas” da Justiça Eleitoral.
Constituição
O artigo 16 da Constituição determina o princípio da anualidade eleitoral, que dá o prazo de um ano de antecedência para mudanças na eleição.
Processo longo
Caso o Senado altere uma vírgula sequer do projeto aprovado na Câmara, o texto deve voltar para uma nova análise dos deputados.
Expectativa no 5G
A expectativa do Ministério das Comunicações para o 5G é que todas as 27 capitais brasileiras tenham cobertura até julho de 2022. E até 2028, a tecnologia estará em todas as cidades com mais de 30 mil habitantes.
Sucesso se debate
A campanha do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio (12º lugar no quadro geral de medalhas, o melhor resultado da História), motivou a Comissão do Esporte da Câmara a realizar audiência, nesta terça (21), sobre o tema.
Cadê os gráficos?
As mortes causadas pela Covid-19 estão em queda no Brasil há mais de 3 meses e o número de casos ativos está no menor patamar desde junho de 2020. A taxa de ocupação das UTIs é a menor em mais de um ano.
Faltou explicação
A participação do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, em debate sobre (aumentos de) preços dos combustíveis não agradou. Para o presidente da Câmara, Arthur Lira, é preciso “mais esclarecimentos”.
Dúvida
“E se as atuais pesquisas, que dão como líder o ex-presidiário que nem pode se arriscar a sair às ruas, forem o álibi para o resultado das urnas ‘invioláveis’ em 2022?!”, pergunta o cientista político Paulo Kramer.
Com aliado assim…
Bolsonaro deve perguntar a Michel Temer, em futuro reencontro, o que ele pensa do “aliado” Rodrigo Pacheco. Eleito presidente da CCJ da Câmara por gestões de Temer, Pacheco escolheu a dedo o mais duro inimigo do então presidente para relatar o processo que quase o cassou.
Indignado
O senador Jorginho Mello fez coro à indignação contra a quarentena de militares nas eleições. “A gente vê o Lula sair direto da cadeia para se candidatar a presidente e o militar da ativa tem que esperar quatro anos”.
Sumido
Em baixa desde as eleições, o ex-senador Magno Malta reapareceu em Brasília para conversar pessoalmente com aliados e foi bem recebido por Onyx Lorenzoni (Cidadania): “Amigo e irmão em Cristo”, disse o ministro.
Pergunta nas telas
Com a vacinação em alta e mortes e casos em queda livre, por onde andam os até-há-pouco-onipresentes gráficos da Covid?
PODER SEM PUDOR
Repelente de amantes
No governo do general Emílio Médici, o Incra mantinha uma casa em Padre Bernardo, no entorno do DF, freqüentada por figurões da República, dentre os quais ministros e um ilustre parente do presidente, acompanhados de amantes. O jovem presidente da autarquia, Walter Costa Porto, que mais tarde se transformaria numa grande autoridade em Direito Eleitoral no País, temia um escândalo e não sabia o que fazer até que bolou um repelente infalível: Synteko. Mandou besuntar o piso de madeira da casa uma vez por semana, religiosamente. O cheiro forte e as emanações lacrimogênicas puseram fim aos encontros galantes dos amigos e do parente do ditador.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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