Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 26 de setembro de 2021
Os 18 senadores integrantes da CPI da Pandemia, incluindo 7 suplentes, que durante as sessões da comissão criticam o uso abusivo de dinheiro público, já gastaram R$ 3,72 milhões com a chamada “cota parlamentar”, só este ano. O “cotão” permite que os parlamentares obtenham o ressarcimento de quaisquer despesas. O valor inclui apenas os reembolsos de gastos alegadamente ligados à atividade parlamentar.
Campeões da farra
Dois senadores respondem por quase 20% dos reembolsos: Omar Aziz (PSD-AM) com R$ 352 mil e Rogério Carvalho (PT-SE) com R$ 321 mil.
Batalhão privado
Rogério Carvalho tem 68 assessores, contrastando com Reguffe (Pode-DF), campeão de austeridade, que tem 9, e não pediu “ressarcimento”.
Menos ainda é muito
Eduardo Girão (Pode-CE) é ponto fora da curva: gastou R$3,5 mil. Bem menos que o 2º colocado, Flávio Bolsonaro (Patri-RJ), com R$60 mil.
Exército de assessores
Os membros da CPI dispõem de um “exército” de 669 assessores, mas todos os senadores têm gabinetes em Brasília e nos Estados.
PSL/DEM, um casamento de 900 milhões de reais
Se prevalecer o valor do Fundo Eleitoral pornográfico de R$5,7 bilhões para 2022, definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), PSL e DEM terão quase R$900 milhões extraídos dos bolsos dos pagadores de impostos para financiar suas campanhas, após a fusão. O presidente Jair Bolsonaro vetou esse dispositivo da LDO, derrubando-o para R$2,4 bilhões, mas o Congresso se prepara para retomar o valor original.
Só pensam naquilo
O “casamento de interesses” de PSL e DEM inclui os valores do Fundo Partidário, dinheiro tomado dos cidadãos para sustentar as siglas.
Jantares, jatinhos…
Só em 2021 o PSL embolsará do Fundo Partidário R$104 milhões, R$8,7 milhões ao mês, e o DEM R$43 milhões, no mensalão de R$3,5 milhões.
Novo manda bem
O Partido Novo é o único que tem a dignidade de recusar Fundo Eleitoral ou Partidário. Suas contas são bancadas pelos próprios filiados.
Cadê a manchete?
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação no Brasil vai “cair continuamente” até atingir o centro da meta até o final de 2022. E a dívida pública também deve cair sete pontos percentuais no período.
União instável
As articulações para união de MDB, PSB e PSD, em São Paulo, para enfrentar o PSDB do governador João Doria mais parecem casamento de jacaré com cobra d’água. E com picolé de chuchu de sobremesa.
Cuidado com a CPI
A ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius anunciou que não poderia comparecer a ato político por ter testado positivo para covid. O que chamou atenção foi afirmação de estar “medicada”. Qual remédio?
Maioria esmagadora
O deputado Marco Feliciano critica estratégia dos sem voto no Congresso impor sua vontade. “Como não possuem maioria na Câmara e nem no Senado, apelam para STF, e lá possuem maioria esmagadora”.
Chama o matemático
O sonho dourado da oposição de obter um impeachment de Bolsonaro começa a se apegar aos cálculos matemáticos. Já tem “especialista” dizendo que a chance do presidente terminar o mandato é de 76,5%.
Sem trégua
O discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU foi taxado de “pouco importante” por aqui. Dirigindo-se à imprensa, o deputado José Medeiros (Pode-MT) ironizou. “Pouco importante e vocês estão até hoje falando”.
Grupo seleto
Segundo relatório da União Europeia, entre 2018 e 2019, além do Brasil, apenas 11 grandes países reduziram as emissões de gases de efeito estufa, incluindo Alemanha, Coreia do Sul, Reino Unido e México.
Líderes pequenos
Os Emirados Árabes são o único país do mundo a superar os 90% da população vacinada contra a Covid: chegou a 92%. Apenas Portugal se aproxima do resultado, com 88%. Ambos têm 10 milhões de habitantes.
Pensando bem…
… controle, na Praça dos Três Poderes, só o da TV.
PODER SEM PUDOR
Aliança árabe-judaica
O então presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e o então dirigente da OAB-Rio, Wadih Damous, deixavam o Supremo Tribunal Federal, onde se queixaram de “abusos” da Polícia Federal contra o direito de defesa de presos pela Operação Hurricane. À saída, aguardaram o secretário-geral adjunto da OAB, Alberto Toron, que ficara para trás. Wadih brincou com Toron: “Agradeça-me por não ficar a pé: eu pedi para esperar você.” Toron respondeu na bucha: “É a primeira vez que um árabe ajuda um judeu. Eu jamais esquecerei esse gesto…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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